Brandão reage a fala do governador de Minas

O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), utilizou suas redes sociais para rebater as declarações feitas por Romeu Zema, atual governador de Minas Gerais, que, durante uma entrevista veiculada neste sábado (05/08), defendeu o “protagonismo” do Sul e Sudeste como “superiores” as regiões Norte e Nordeste do Brasil.

“Já decidimos que além do protagonismo que temos, por que representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos- protagonismo político. Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando pelo quintal, perdemos”, declarou o governador mineiro em entrevista ao Estadão.

Nas redes sociais, Brandão defendeu um Brasil unido, forte e próspero. Ele afirmou ainda que não há outro caminho para o futuro enquanto nação.

“Nós, governadores das regiões Norte e Nordeste, defendemos um Brasil unido, forte e próspero. Não há outro caminho para o nosso futuro enquanto nação!”, rebateu.

“Como nordestinos e, acima de tudo, como bons brasileiros, defenderemos o nosso povo contra qualquer prática preconceituosa e que negue a nossa importância. Continuaremos agregando, mas combatendo desigualdades, respeitando as diversidades e construindo um país melhor para todos”, concluiu.

Consórcio Nordeste

O Consórcio Nordeste, presidido pelo governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), publicou neste domingo (6), uma carta que repudia as falas do governador de Minas Gerais.

No texto, o grupo afirma que o Consórcio tem como objetivo fomentar o crescimento econômico da região, através da união de esforços para diminuir as desigualdades sociais.

Já passou da hora do Brasil enxergar o Nordeste como uma região capaz de ser parte ativa do crescimento econômico do país e, assim, contribuir ativamente com a redução das desigualdades regionais, econômicas e sociais”, diz o documento.

Os governadores nordestinos também afirmam que não têm intenção de criar uma “guerra” com os estados das demais regiões brasileiras, mas sim de “compensar as desigualdades de oportunidades de desenvolvimento”.

Por fim, o Consórcio Nordeste reitera o apoio prestado a uma “união nacional” em prol do bem público e do desenvolvimento do Brasil como um todo, incentivando, inclusive, a união entre os próprios estados do Sul e Sudeste.

“A união dos estados do Sul e Sudeste num Consórcio interfederativo pode representar um avanço na consolidação de um novo arranjo federativo no país. Esse avanço, porém, só vai se dar na medida em que todos apostarmos num Brasil que combate suas desigualdades, respeita as diversidades, aposta na sustentabilidade e acredita no seu povo”, finaliza o documento.

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