Autor da lei que instituiu a fundação do bairro no calendário comemorativo do município, vereador Beto Castro lança projeto para resgatar história da comunidade / Foto: Leonardo Mendonça

SÃO LUÍS, 18 de maio de 2024 – O Bairro de Fátima, um dos mais tradicionais de São Luís, comemorou na última segunda-feira (13) mais um aniversário. A data coincide com o Dia de Nossa Senhora de Fátima, celebrado anualmente em 13 de maio. Para festejar mais uma data de fundação, uma ampla programação cultural para a população será realizada neste sábado (18), no encerramento do festejo da padroeira da localidade.

Segundo o blog do Isaías Rocha apurou, a comunidade não possui um marco histórico inicial bem definido. Por isso, para resgatar a memória de uma das localidades mais antigas e populares da capital maranhense, o vereador Beto Castro (Avante), resolveu lançar o projeto “Memória Viva” para buscar a cronologia do local a partir de fotos, relatos dos moradores e historiadores.

O parlamentar é autor da Lei nº 6.657/2020, que instituiu a fundação da localidade no calendário comemorativo do município. Entre as diversas histórias narradas pelo professor Antônio Torres Fróes, em seu livro “Histórias que a História não conta”, destaca-se um trecho dedicado ao bairro.

Segundo a publicação, em um porto na margem do rio das Bicas, afluente do rio Bacanga, desembarcava muita madeira que era lavrada para depois ser serrada, transformando-a em tábuas e peças para construções. Os restos que sobravam da madeira chamam-se Cavaco. Com a invasão do pessoal fazendo casas, os mesmos aproveitavam e juntavam os Cavacos para fazer lenha e carvão. Os invasores, que já eram em grande quantidade, intitularam o lugar por Bairro do Cavaco.

Em 1952, vinda de Portugal, esteve aqui em São Luís a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que foi um fato inédito. A presença da imagem foi tão importante que converteu muita gente para o Catolicismo. Como o bairro do Cavaco não tinha uma igreja, a comunidade construiu uma para Nossa Senhora de Fátima, daí mudaram o nome de Bairro do cavaco para Bairro de Fátima”.

Bairro deixou de ser Cavaco e passou a ser chamar Fátima, após a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima / Foto: Reprodução

Outra versão da história

Outra versão dá conta de que o nome Cavaco veio de uma árvore cortada logo na entrada do bairro. “Existia nas proximidades do Bom Milagre um pé de arvore cortado. Aí foi batizado de Cavaco. Quando o Cafeteira foi prefeito, o bairro foi invadido por máquinas e então foi construída a capela. Coincidiu com a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima a São Luís, e o bairro e a capela foram batizados de Fátima”, lembra Luís Carlos Guerreiro, cantor e compositor nascido e criado no bairro.

O que dizem os historiadores?

A professora/ doutora Heloisa Reis Curvelo, do departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão, em suas pesquisas, constatou que a história da localidade figura no cenário ludovicense na segunda metade do século XIX com o Sítio Cavaco, propriedade de José Maria Henriques Cavaco. Todavia esse topônimo, de 1863 à atualidade, sofreu mais duas denominações antes de chegar a Bairro de Fátima: Sítio Nova Olinda e Fazenda Estadual.

Chamado antes de Cavaco, o bairro mudou de nome em 1952, com a chegada da imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal / Foto: Reprodução

Esses três topônimos que a localidade teve em toda sua existência, foram substituídos porque os Sítios Nova Olinda e Cavaco, ao mudarem de donos mudaram também de denominações. No entanto, o topônimo Fazenda Estadual não teve vida longa porque não satisfez aos objetivos para os quais fora pensado.

O Bairro de Fátima, originário do Cavaco, é um dos bairros mais antigos situados próximo ao antigo Caminho Grande, atual Avenida Getúlio Vargas e João Pessoa. Segundo o Memorial de Ação Reivindicatória, publicado no Diário do Maranhão (27/07/1908), o Sítio Cavaco já existia desde 1863, época em que José de Souza Gayoso e Francisco Gomes de Souza

tomaram por aforamento à Câmara Municipal, conforme o termo respectivo, lavrado em 30 de março de 1863, um terreno ao Caminho Grande, com uma área de cem braças quadradas, contendo duzentas braças de frente e cem de fundo, além das terras adjacentes, confrontando com os sítios João Paulo, Cavaco, Texeira e outros (Diário do Maranhão, 27/07/1908).

Além de ser denominado com o sobrenome de seu proprietário, a localidade também foi conhecida como Sítio Nova Olinda que, segundo o GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO (Portaria de 27/04/1903), era uma propriedade de Raimundo de Carvalho Palhano, adquirida pelo Estado para a construção de um hospital que não chegou a ser edificado.

O Vice-Governador do Estado, usando da autorização que lhe confere o art. 6º da Lei nº 336 de 7 do corrente, resolve abrir o crédito da quantia de Rs 9:500$000 para ser aplicado a compra de uma propriedade com casa, sob a denominação de “Nova Olinda” vulgarmente conhecida por “Cavaco” sita no “Caminho Grande”, pertencente ao Senhor Raimundo de Carvalho Palhano, afim de ser ali instalado um hospital para tratamento de variolosos.

Castro (17/07/13) afirma que o Sítio Nova Olinda foi comprado para esse fim, porém, não construíram o hospital, mas, uma fazenda que “foi levada prá lá pelo Presidente da Província do Maranhão, com gado, veterinários e toda a estrutura de fazenda, que era conhecida como a Fazenda Real, que deu origem ao bairro que conhecemos hoje”.

A fazenda da qual tratam CZS (17/07/13) vai figurar como área de referência toponímica 32 anos depois de 260 comprado o Sítio Nova Olinda. No Edital nº 15, de 26/04/1935, que notificava os interessados no lançamento das casas de palha e de telha, situadas no subúrbio de São Luís, o Lugar Fazenda Estadual é citado como uma das localidades em que encontrávamos esses tipos de moradias, contudo, não informava o referido documento quantas casas de cada tipo estariam disponíveis para aquisição por compra ou aluguel.

Em 1939, três anos depois de publicado o Edital nº 15, o lugar conhecido popularmente como Sítio Cavaco ou Fazenda Estadual, era classificado, pela Lei Municipal nº 413 de 24/11/1928, como Bairro Proletariado por ter mais de 50 casas habitadas. Devido a essa característica, o Cavaco, segundo noticiava o Diário Oficial do Estado de 1º/03/1939, estava incluído entre as localidades da Capital que começariam a pagar impostos tanto o Predial (atual IPTU) quanto a Taxa de Limpeza Pública, pagos para todas as casas situadas nos Bairros Proletariados, no primeiro semestre de 1939.

A cobrança de Imposto Predial poderia ser boa para os moradores das localidades porque, entre outras vantagens, regulamentava a denominação das ruas, facilitando a localização de endereços, propiciava acesso a serviços públicos essências como a higienização das ruas, mas em alguns casos, servia como forma discriminatória já que os bairros eram classificados como zonas suburbanas e de moradias proletariadas, evidenciando a clara divisão socioeconômica entre Centro (Cidade) e periferia (Vilas ou bairros Operários) e entre população rica e pobre.

Mesmo que o topônimo oficial Fazenda Real não fosse tão difundido em detrimento de Cavaco, este foi alterado, conforme Diário Oficial (20/02/1954, p. 03), para Bairro Nossa Senhora de Fátima pela Lei Municipal nº 408, de 07/10/1953, o que nos possibilitou o surgimento do Dirrematopônimo Bairro de Fátima, confirmando assim a forte tendência em homenagear santos do hagiológico romano e de perpetuar o credo da religião Católica, já evidenciado, por exemplo, nos topônimos Desterro, Madre Deus, Santa Efigênia, Santa Rosa, São Bernardo, São Francisco, São Marcos e Vila Passos.

A respeito do Bairro de Fátima encontramos também, no artigo 1º da Lei 1.663, de 25/03/1966, a autorização ao Prefeito da Capital de receber, em cruzeiros, a doação de $1.650 dólares do Conselho das Entidades do Bairro Nossa Senhora de Fátima. O referido documento ressalta ainda, no artigo 2º, que a importância doada deveria ser revertida na construção de Gabinete Dentário do Bairro, ou seja, num consultório odontológico.

Sua localização

Localizado praticamente na região central de São Luís, o BF – como é conhecido – fica entre dois grandes corredores viários da cidade: a Avenida dos Africanos ao Sul e a Avenida Kennedy ao Norte. Entre os bairros vizinhos, temos o Parque Amazonas, Areinha, Monte Castelo, Bom Milagre e João Paulo.

O bairro surgiu na década de 40 resultado de ocupações dos antigos terrenos da Marinha, Exército e Caixa Econômica e cresceu em decorrência do aumento do êxodo rural e da expansão desordenada da cidade a partir da década de 50.

Atualmente o bairro é importante Centro Comercial não só por situar-se entre as Avenidas Kennedy e Africanos ou por ser próximo do João Paulo e ao Centro da cidade, mas por abrigar a Igreja da Santa que denominou o bairro, um mercado público próprio, e dois ginásios poliesportivos.

Tem ainda uma agência dos Correios, vários estabelecimentos de peças automotivas, materiais de construção e também órgãos públicos como a Superintendência Estadual de Investigações Criminais – SEIC e a Secretaria Municipal de Fazenda.

A comunidade também é referência como o Centro de Ensino Doutor Antônio Jorge Dino, o Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias, a Unidade Integrada Estado do Amazonas e a Unidade Escolar General Artur Carvalho; a Biblioteca Pública José Serra. Na comunidade também está localizada o Clube dos Oficiais da Polícia Militar do Estado; a Vila Militar e o Centro Médico Guarás.

Em manifestações culturais, o bairro é considerado a segunda comunidade cultural de São Luís, perdendo apenas para a Madre Deus / Foto: Reprodução

Influência cultural

É um bairro de muitas manifestações culturais maranhenses, que tem desde a quadrilha ao bumba-meu-boi. Em termos quantitativos, é o bairro que mais possui brincadeiras ou manifestações culturais, sendo considerado o segundo bairro cultural de São Luís, perdendo apenas para o bairro da Madre Deus.

Possuímos:

• duas Escolas de Samba (Marambaia do Samba e Unidos de Fátima);

• vários blocos tradicionais;

• vários grupos de tambor de crioula;

• danças portuguesas;

• vários grupos de Bumba-Meu-Boi, destacando-se o Boi do Bairro de Fátima de Dona Zeca (o mais antigo do loal);

• danças portuguesas,

• um bloco afro – Abibimã; etc.

A comunidade também possui uma vida noturna animada, com vários bares, pizzarias, restaurantes e clubes de festas, destacando-se o reggae. Possui uma população composta majoritariamente por negros. A maioria dos habitantes são oriundos do interior maranhense, principalmente da Baixada Maranhense, destacando-se: São João Batista, Viana, Alcântara, Olinda Nova do Maranhão, Cururupu, Guimarães, Mirinzal, Pinheiro e São Bento.

Principais Ruas

• Rua Dagmar do Desterro

• Rua Ademar de Barros

• Rua Dom Pedro I

• Rua Dom Pedro II

• Rua 10 ou Rua Periá

• Rua 15 – Originou-se a Escola de Samba Marambaia do Samba

• Rua Professor Mata Roma

• Rua João Vieira Filho ou Rua Maceió

• Rua da Liberdade ou Rua das Águas Verdes

• Rua Apolônia Pinto

• Rua Deputado José Rios

• Rua Neiva Moreira

• Rua do Correio – nessa Rua originou-se a Escola de Samba Unidos de Fátima

• Rua 1º de janeiro em frente a Praça do Viva, no Alto de Fátima.

Com trajetória do amo do Boi de Pindaré, mestre Coxinho foi um dos maiores poetas do bumba meu boi / Foto: Reprodução

Pessoas Ilustres

• Mãe de Santo Denira (in memorian) – Grande Mãe de Santo nas décadas de 50 e 60.

• Maria Roxa (in memorian) – vendedora de juçara e incentivadora da cultura no bairro.

• Caboca ou Jane- Filha de Maria Roxa e continua a incentivar as manifestações do bairro.

• Coxinho (in memorian) – Cantador de Bumba-Meu-Boi de Pindaré.

• Luiz Guerreiro- Cantor e Fundador do Bloco Abibimã.

• Antonio Manoel Nunes ou Major (in memorian) – Técnico em Enfermagem e Garçon. Era muito popular.

• Rosolêde ou Dadá (in memorian) – Parteira Leiga e benzedeira. Fez vários partos de muitas crianças.

• Dona Célia- Proprietária da Marambaia do Samba.

• Urubuzinho- esposo de Dona Célia da Marambaia do Samba.

• Raimundo Basileu- Líder Comunitário.

• Dona Zeca- Dona do Bumba- meu- Boi de Zabumba e Mãe de Santo.

• Teles Netto- Comerciante de materiais de construção.

• Antônio de Assis Cruz Nunes – Pedagogo e Professor Universitário.

• Dona Santa – Cabeleireira e Dançadeira de Seresta. Viúva de Major e Mãe do Profº Antônio de Assis

• Haroldo de Oliveira, conhecido por Haroldão (in memorian) – Expoente da Escola de Samba Marambaia.

• Evangelista Macedo (in memorian) – mãe do vereador Beto Castro.

• Pauleth D’Paula – cabeleireiro e transformista.

• Dj luizinho roots (in memorian) – personalidade que era bastante conhecida pelo movimento reggae.

• Déo Garcez – Ator Global e da Rede Record

• Maria Reis Magalhães, esposa de Ezequiel.

• Seu Domingos – ex-presidente da União de Moradores.

• Isaias Rocha – jornalista e radialista.

• Faustino – Engenheiro Civil e Líder Comunitário.

• Magno Roots – idealizador do Point Magno Roots

• Dentre outras personalidades que se destacam nas mais diversas áreas (deixe nos comentários uma que você queira destacar).

Comunidade do Bairro de Fátima dá início à luta pelo reconhecimento como quilombo urbano na expectativa de acesso facilitado a políticas públicas

Pontapé para quilombo

Em junho de 2023, cerca de 70 representantes de entidades culturais, esportivas e comunitárias, participaram de uma reunião com o tema “Bairro de Fátima: em busca do Quilombo Urbano”, obetivando dar o pontapé inicial para o processo de levantamento de dados para que a comunidade seja reconhecida oficialmente pela Fundação Palmares como segundo quilombo urbano de São Luís.

Os trabalhos foram coordenados por Karine Muniz (psicóloga e antropóloga, estudiosa do Quilombo da Liberdade e Representante da UNEGRO-MA), Ingrid Belford (professora do NÁfrica-UFMA), Cristiane de Oliveira (professora e representante da comunidade do Bairro de Fátima) e por Gerson Pinheiro (secretário de Estado de Igualdade Racial).

O coordenador da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (SEIR-MA), Alexandre Magno, explicou os passos para que a comunidade obtenha o reconhecimento como quilombo urbano.

“Este é um trabalho que precisa do engajamento e da vontade da comunidade de se autorreconhecer como uma originária de deslocamento de quilombos tradicionais e que mantém seus vínculos culturais, religiosos e sociais com eles”, conclui Alexandre.

Durante o encontro realizado na sede da Torcida Ilha Vasco, na Rua dos Faveiros, a professora Cristiane de Oliveira deu boas-vindas aos presentes e destacou a importância desse “trabalho que une poder público e comunidade”.

Abraço negro

O secretário de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, se autodefiniu como um “secretário de reparação, isto é, para repor direitos”. Depois analisou o momento político por qual passam o país e o Maranhão, com governos (Lula, no Brasil; e Carlão Brandão, no estado) abertos ao diálogo e ao reconhecimento de direitos das comunidades tradicionais e povos originários.

Ele explicou que, pelo menos, dez bairros em São Luís foram formados por populações negras retiradas da Baixada Ocidental e do Vale do Itapecuru, regiões com grande número de populações negras. “O núcleo central de São Luís teve um verdadeiro abraço negro, constituído pelas comunidades que foram formadas ao longo dos rios da Bica e do Anil”, explicou o secretário Gerson, que também é formado em Geografia.

Gerson anunciou que o trabalho que está começando no Bairro de Fátima não será restrito apenas ao próprio bairro, mas englobará toda a região, como a Areinha, que surgiram a partir do núcleo original. “O futuro quilombo urbano do Bairro de Fátima deverá incluir as comunidades adjacentes, como ocorre na Liberdade, que tem além do próprio bairro, a Camboa, Diamante, Fé em Deus, entre outros”, conclui.

As professoras Karine Muniz e Ingrid Belfort expuseram sobre o que já há de publicado sobre os quilombos urbanos, que são entendidos como conceito amplo: quilombos transplantados. Mostraram que serão pesquisados documentos, publicações, relíquias religiosas de terreiros e de grupos culturais; além da coleta de depoimentos dos moradores mais antigos, brincantes, praticantes de regiões de matriz africana; representações políticas. Todos vão compor uma espécie de dossiê.

Anseio por políticas públicas

Em seguida, várias lideranças comunitárias e de agremiações esportivas e culturais se manifestaram. Todas no mesmo sentido: pôr as mãos na massa para o Bairro de Fátima se tornar, em breve, no segundo quilombo urbano de São Luís. Andrelina, Ivaldo, Cristiano, Luís Carlos Guerreiro, Francinaldo, Jarbas… citaram dezenas de exemplos de atividades que qualificam o BF ao reconhecimento como um território do povo negro.

Na fala de todos, o anseio por políticas públicas que possam amenizar as desigualdades, as injustiças, e a compreensão de que o reconhecimento pela Fundação Palmares, do Bairro de Fátima como Território Quilombola facilitará o acesso a essas políticas.

Presença qualificada

Participaram ainda do encontro Adrelina Joana Leite (presidente da Associação Carente S. Benedito), Ivaldo Silva (líder comunitário dos feirantes), Cristiano (líder comunitário dos movimentos sociais), Jarbas Santos (produtor cultural e líder comunitário), Francinaldo Santos (Boi de Newton Correia), Marco Moreira (presidente da FIV), Luiz Guerreiro (cantor e compositor fundador do Bloco Afro Abibimã), Benilson Ribeiro (presidente do departamento de esportes), Sérgio Luís (integrante do Conselho Municipal de São Luís das Crianças e Adolescentes), Sergio Cabral (presidente do Centro Cultural do Bairro de Fátima).

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