Com a corrida eleitoral de 2022, o vereador de São Luís, Antônio Marcos Silva – o Marquinhos (União), se lança como pré-candidato ao Senado. O parlamentar afirma que conversa com três partidos para alavancar a pré-candidatura, mas vai aguardar uma definição quanto ao União Brasil no Maranhão, considerada hoje a maior legenda do país. O partido pode ser comandado no estado pelo deputado federal Juscelino Filho, aliado do senador Weverton Rocha (PDT), que é pré-candidato a governador nas eleições deste ano.

Com história na área social e comunitária, Marquinhos admite que sabe da concorrência que pode enfrentar, principalmente contra o governador Flavio Dino (PSB), que deve renunciar no próximo dia 31 de março, visando a eleição senatorial.

O parlamentar ludovicense, entretanto, já sabe quais armas pode usar em busca da viabilidade da pré-candidatura e impedir que o concorrente possa lograr êxito na disputa. A aposta no Senado vem do pensamento de que “péssimos indicadores podem ser empecilhos ao governador no desejo de virar senador”.

“Mais do que uma disputa, eleição é um vestibular. E, neste sentido, os números oficiais relacionados ao Maranhão mostram que o governador Flávio Dino foi reprovado nesse quesito”, destacou.

Marquinhos disse que vai apresentar ao povo maranhense os motivos que inviabilizam o projeto do governador maranhense de chegar ao Senado. Por conta disso, segundo ele, o atual chefe do Executivo estadual não merece se eleger senador.

“Hoje, infelizmente, nosso estado tem 8 cidades entre 10 mais pobres do país, comprovando que o governador não cumpriu promessas de combater pobreza. Por conta disso, ele não merece se eleger senador”, concluiu.

Números da pobreza

Um estudo conduzido por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao qual o parlamentar teve acesso, identificou as cidades com a maior concentração de ricos no Brasil, e também as mais pobres.

Entre as mais pobres, das 10 com menores rendas do país, estão 8 maranhenses. Pela ordem, figuram: Milagres do Maranhão, Turilândia, Primeira Cruz, Jenipapo dos Vieiras, Chaves (PA), Centro do Guilherme, Cachoeira do Piriá (PA), Matões do Norte, Fernando Falcão.

Dentre os estados, o Maranhão fica na última posição, com renda média de 363 reais. A capital, São Luís, fica em 22º lugar, com a renda média de 1.212 reais. O Distrito Federal é a unidade federativa de maior renda média, com 2.981 reais.

Dentre as capitais, a que está melhor colocada é Florianópolis, na sexta posição, com renda média de 3.998,30 reais. Completam a relação das dez primeiras classificadas as cidades de Santos – SP (3.763,84 reais), Porto Alegre – RS (3.725,15 reais), Vitória – ES (3.516,16 reais) e Campos do Jordão – SP (3.493,98 reais). São Luís fica na 22ª posição.

Na parte inferior da tabela, o Maranhão contabiliza oito municípios entre os de menor renda do país, enquanto o Pará apresenta dois. O pior colocado no lado maranhense é Fernando Falcão.

Segundo a FGV, os dados do Imposto de Renda gerados pela Receita Federal permitem captar a renda de diferentes segmentos da população com mais propriedade que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade no Brasil.

A pesquisa foi realizada em 211 mil domicílios de 3.500 municípios. A divulgação do rendimento nominal mensal dos domicílios brasileiros serve como um dos critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados e dos Distrito Federal (FPE).

Confira o ranking com as 10 cidades de menor renda média no Brasil

(Município/Renda Média da População/Patrimônio Líquido Médio da População):

São João do Soter (MA) – R$ 36,33 – R$ 223,38

Milagres do Maranhão (MA) – R$ 36,14 – R$ 425,07

Turilândia (MA) – R$ 35,90 – R$ 75,48

Primeira Cruz (MA) – R$ 34,86 – R$ 86,62

Jenipapo dos Vieiras (MA) – R$ 34,72 – R$ 375,00

– Chaves (PA) – R$ 34,10 – R$ 136,62

– Centro do Guilherme (MA) – R$ 32,99 – R$ 258,64

– Cachoeira do Piriá (PA) – R$ 31,48 – R$ 221,32

– Matões do Norte (MA) – R$ 26,70 – R$ 321,61

– Fernando Falcão (MA) – R$ 19,89 – R$ 156,00

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