SÃO LUÍS, 28 de maio de 2024 – A expressão “onde há fumaça há fogo” significa que, geralmente, quando há indícios ou rumores de algo, existe uma alta probabilidade de que seja verdadeiro. Ou seja, se há fumaça então há fogo. Se há fogo, então há fumaça. Se não há fumaça, então não há fogo. Se não há fogo, então não há fumaça.

O ditado popular pode ser usado para colocar em dúvidas rumores da permanência do deputado estadual Othelino Neto no PCdoB, quase um mês após um ato de filiação ao Solidariedade, segundo revelou o jornalista Domingos Costa.

Embora ainda esteja filiado ao antigo partido, a biografia do parlamentar na Assembleia Legislativa informa que ele representa o Solidariedade no Legislativo, conforme mostra os dados em anexo.

Das duas uma: ou Othelino demonstra preocupação com um risco de revés por infidelidade partidária na Justiça Eleitoral ou a permanência no PCdoB visa evitar perder as vagas que ocupa nas comissões da Casa do Povo.

Em ambas as situações existem motivos para inquietação e aflição. O deputado estadual anunciou, oficialmente, na sessão do dia 30 de abril, sua saída do PCdoB, após obter uma carta de anuência da legenda comunista.

O problema, no entanto, é que esse documento, por si só, não basta para justificar desfiliação partidária, de acordo com entendimento do Tribunal Superior Eleitoral em novembro de 2021. Saiba mais aqui.

Impedimento nas comissões

Caso venha ser oficializada a troca partidária na Justiça Eleitoral, o parlamentar também pode ser impedido de participar das comissões para as quais foi nomeado pelo seu antigo partido o PCdoB.

Não se tem informações se algum membro do Palácio Manuel Beckman já se manifestou informalmente sobre o assunto, ou se a própria sigla comunista venha apresentar um pedido formal pela saída dele das comissões.

Para voltar a ser integrante titular das comissões, Othelino teria de esperar o início do segundo biênio do mandato, quando será empossada a nova mesa diretora e os blocos poderão ser mantidos ou criados, permitindo assim, a aliança da sua nova agremiação com outros partidos.

Pode ser que até lá, por exemplo, o deputado venha comunicar a sua saída do PCdoB e oficialize verdadeiramente a entrada no Solidariedade. A partir daí, saberemos se o suposto ‘monitoramento’ da filiação aponta ou não para uma provável ação para perda de mandato do parlamentar.

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