SÃO LUÍS, 22 de janeiro de 2024 – A procura do deputado Wellington do Curso por um partido, após a fusão do PSC com Podemos, ajuda a entender o desenho que se forma para o pleito deste ano. Se, em 2020, o parlamentar confiou demais no PSDB – que não lhe deu legenda, agora ele está mais cauteloso nas escolhas de convites que surgem de algumas agremiações partidárias.
Muito além de uma aposta na candidatura de Wellington, a aproximação dessas legendas com o parlamentar tem foco em uma estratégia que visa conseguir emplacar candidatos para garantir bancadas fortes na Câmara Municipal a partir de 2025, como é o caso, por exemplo, do Podemos.
Os partidos acreditam que ter uma liderança de projeção na capital deve atrair votos e resultar em mais influência nas decisões políticas. E, mais do que isso, estão de olho em ampliar espaços não apenas no Legislativo municipal, mas no cacife que pode vir a conquistar numa possível disputa em dois turnos na capital.
Legendas interessadas na filiação do deputado acreditam que Wellington ainda é um puxador de votos em alguns grupos na cidade — afinal, a intenção de votos nele oscila entre 7% e 10%, chegando a empatar até mesmo com o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), conforme o último levantamento do ano de 2023, quando a publicação dos estudos ainda era permitida sem necessidade de registro na Justiça Eleitoral.
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Em 2016, Wellington disputou a Prefeitura de São Luís com fortes chances de vencer as eleições, mas perdeu a vaga no 2º turno para o atual prefeito Eduardo Braide (PSD), que foi derrotado pelo então prefeito Edivaldo Júnior (PDT), conforme lembrou o jornalista Marco D’Eça em uma abordagem sobre o assunto no seu blog.
O cenário, claro, é bem diferente daquelas eleições. O que aconteceu com Wellington talvez pode não se repetir, pelo menos no mesmo nível, em 2024. No entanto, o deputado demonstra que pode ser opção para aqueles eleitores ludovicenses que estão fugindo da polarização Braide/Duarte. Por isso, em junho de 2023, o analista Natanael Júnior chegou a apontar Wellington como ‘grande surpresa’ da 1ª pesquisa de 2023 em São Luís.
À medida que as eleições vão se aproximando, os partidos vão definindo seus quadros para a disputa municipal. Para Wellington, entretanto, o grande empecilho não é encontrar somente um partido, mas garantir legenda para uma candidatura.
Com convites de várias siglas, ele teme o mesmo revés que sofreu com o PSDB em 2020. O deputado tem até março para se filiar a uma legenda, caso queira concorrer às eleições deste ano. Até lá ele pode ir se viabilizando, inclusive, aproveitando o vácuo deixado por Edivaldo.
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