A presença de lixões clandestinos é um desafio no combate ao mosquito Aedes aegypti nos municípios da Região Metropolitana de São Luís. Pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) identificaram pelo menos 490 lixões clandestinos só na capital do Maranhão, São Luís. O assunto foi destaque na edição dessa segunda-feira (21) do Jornal Nacional.

Até pertinho da praia, há depósito para todo tipo de lixo. “Afeta as comunidades biológicas. Os animais do mesolitoral. É um impacto muito grande de degradação”, alerta Larissa Barreto, professora da Uema.

Nem o mangue, às margens de um braço de mar, escapa da sujeira. “Contamina o solo. Temos hoje mais de quatro mil poços espalhados em toda a cidade e alguns são poços freáticos, que se contaminam facilmente pelo chorume, que é um produto resultante da decomposição desses resíduos”, explica Lúcio Macedo, sanitarista e pesquisador da Uema.

Ao JN, as prefeituras de São José de Ribamar e de Raposa informaram que recolhem o lixo e que orientam os moradores a não despejar resíduos nos terrenos e praias. E a prefeitura de São Luís declarou que recolhe 300 toneladas por dia de lixo descartado irregularmente. E que tem investido na conscientização da população para diminuir o problema.