A prefeita de Bacabeira, Fernanda Gonçalo (PMN), alertou para tentativa de golpe que estava sendo praticada no município utilizando o seu nome para enganar internautas bacabeirenses. De acordo com a prefeita, a ocorrência foi registrada durante o voto em uma enquete eleitoral para a Prefeitura do município.
Com o objetivo de avaliar a preferência dos internautas bacabeirenses, um autor ainda desconhecido, usou o site Pollie – aplicativo para criar enquete, lançando a seguinte pergunta: “Se a eleição para prefeito de Bacabeira fosse hoje, pra quem você votaria?”.
No levantamento virtual, o internauta é questionado a manifestar voto em brancos e nulos, além de cinco nomes colocados como opções: Alan Linhares, Jefferson Calvet, Pastor Fabiano, Naila Gonçalo e Tchabal de Lauzinho. No entanto, na tentativa de enganar os mais desatentos, o criminoso teria utilizado o nome da prefeita em letras garrafais para votar em Jefferson Calvet, conforme imagem em anexo.
Após a imagem do voto começar a circular em grupos de WhatsApp, Fernanda Gonçalo resolveu se manifestar na noite deste domingo para esclarecer que não tinha votado em candidato A ou B.
“Não sou de me manifestar em grupo, mas estão me mandando uma foto de uma suposta votação de uma enquete. Não participei e nem votei em candidato A ou B. Portanto, não acredito na transparência dessa enquete, já que aparece meu nome, mesmo sem eu ter participado. Obrigada pela atenção”, declarou a prefeita.
Crime punível com prisão
Com o esclarecimento repercutindo nos grupos de troca de mensagens da região, o voto com o nome da prefeita desapareceu da plataforma, mas o golpista ainda pode sofrer consequências, caso a gestora venha acionar as autoridades policiais e judiciárias visando descobrir o autor da presepada.
O artigo 307 do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) pune com detenção, de três meses a um ano, ou multa, aquele que é suspeito de tentar atribuir a terceiro o crime de falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem.
Enquete não tem valor científico
Não é possível usar enquetes como pesquisas eleitorais nem como prévias confiáveis, uma vez que não há uso de metodologias estatísticas e não podem ser usadas como reflexo da opinião da sociedade. Isso porque não se sabe exatamente qual o perfil do público que respondeu – qual a parcela de homens, de que região são os cidadãos, quantas são as pessoas com renda mais alta ou mais baixa etc.
Pesquisas de opinião realizadas por institutos confiáveis, usam dados sobre a população do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para definir cotas de sexo, idade, escolaridade e outras características. Dessa forma, ouvem entrevistados em proporções similares às observadas no restante da sociedade. Isso garante que, mesmo que em número menor, o grupo pesquisado seja representativo do município, estado ou país.
Site não exige cadastro
Outro aspecto importante das enquetes é que o público sabe o resultado antes do encerramento da votação. Dessa forma, os participantes podem se sentir estimulados a mudar o resultado da dinâmica. Esse aspecto está evidente no site analisado, que estimula o compartilhamento da enquete para “fazer seu candidato subir” no ranking.
O site não exige qualquer cadastro para votar. Assim, é fácil escolher um candidato mais de uma vez, usando navegadores diferentes ou abas anônimas e o pior: com uso de nomes de terceiros – como no caso relatado acima.
Pesquisas eleitorais usam métodos estatísticos para selecionar um grupo de pessoas proporcional à população brasileira, de forma que a opinião dos diferentes segmentos da sociedade esteja representada nos resultados.
Quem é o responsável pela enquete?
Para descobrir o responsável pela enquete e localizar o autor da prática criminosa, o blog usou uma tecnologia de inteligência avançada. O resultado da verificação detalhada – incluindo nome, e-mail, telefone e IP – deverá sair até o final da tarde.
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