Em São Luís, o prefeito Eduardo Braide (PSD) foi reeleito sem sobressaltos e dará início ao segundo mandato à frente da capital maranhense. Após a histórica votação no último domingo, as resenhas políticas do estado só debatem uma coisa: daqui a dois anos, ele abandonará o cargo e se lançará ao Palácio dos Leões?
Na campanha, Braide jurou que não fará o movimento. No entanto, ele escolheu uma vice-prefeita dentro da própria sigla, apesar da frente de partido pela reeleição, o que é visto como a sinalização que o prefeito pode deixar a gestão ludovicense para disputar o governo do estado em 2026.
Apesar do resultado confortável que o levou a vencer a eleição ludovicense com 70% dos votos válidos, o prefeito precisará enfrentar um território bem menos acessível se decidir construir essa candidatura daqui a dois anos. Além de o PSD ter feito apenas um prefeito nos 217 municípios, os partidos que saíram mais fortes das urnas maranhenses não integravam a aliança de Braide na capital. Os caciques dessas siglas, por outro lado, também têm projetos políticos próprios e até atritos entre si, o que embola o cenário.
Além do PSD, caso decida disputar a sucessão estadual, o mandatário ludovicense poderia contar apenas com o Republicanos. O MDB, embora tenha integrado seu arco de alianças no pleito deste ano, poderia tomar outro rumo, pois o diretório regional é comandado pelo irmão do governador Carlos Brandão, Marcus Brandão – que foi coordenador da campanha de Duarte em São Luís.
Mesmo com quase 20% do eleitorado de todo o estado concentrado na capital, nunca um prefeito de São Luís conseguiu usar a cadeira como trampolim para se eleger governador. No domingo, o PSD viu partidos como PL, PP, União Brasil e PSB, elegerem prefeitos em Chapadinha, Caxias, Açailândia e Timon. Nenhuma dessas siglas apoiou Braide na campanha deste ano.
O PL de Jair Bolsonaro e do deputado Josimar conquistou 40 cidades e encabeça a lista no estado. Os três que vêm na sequência são justamente o MDB (37), o PP (30), o União (26), e o PSB (19).
O PSD de Braide venceu apenas em São Luís, maior colégio eleitoral do estado. Dos partidos da coligação do prefeito, o Republicanos, com 19 prefeituras, foi o que teve o melhor desempenho, mas também em cidades menores.
Comandante do PP, o ministro André Fufuca conseguiu, além de aumentar a capilaridade do partido, eleger prefeitos em colégios eleitorais importantes. Nas 30 cidades com mais de 100 mil habitantes, o PP venceu em Caxias e tem chances de vitória em Imperatriz, que terá segundo turno.
Se quiser começar a construir um caminho para 2026, Braide terá que “se abraçar” com o deputado federal Aluísio Mendes, presidente regional do Republicanos. Para isso, terá que torcer para que Mariana Carvalho vença a eleição em Imperatriz, que é o segundo maior colégio eleitoral do estado.
Leia mais notícias em isaiasrocha.com.br e nos sigam nas redes sociais: Facebook, Twitter, Telegram e Tiktok. Leitores também podem colaborar enviando sugestões, denúncias, criticas ou elogios por telefone/whatsapp (98) 9 9139-4147 ou pelo e-mail isaiasrocha21@gmail.com
