Durante coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (07), na Assembleia Legislativa, o senador Weverton Rocha (PDT), se referiu várias vezes ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB) com o titulo de ‘doutor’. Aparentemente, poderia ser uma forma de tratar o tucano com respeito. As repetidas palavras do pedetista com referências ao adversário, entretanto, acabou soando como uma espécie de estratégia de campanha para colar a imagem do vice à elite da sociedade, ou seja, distante das massas e dos movimentos sociais.
Na legislação brasileira, não há nenhuma norma que determine que qualquer profissional sem título acadêmico seja chamado de doutor; para quem atua na área médica, tradição não existe nenhuma barreira. Brandão é veterinário, mas não tem titulo de doutorado. No entanto, mesmo assim, a campanha pedetista já demostra que pretende usar o termo daqui pra frente para demonstrar que o tucano ‘não tem a cara’ do campo da qual o PDT integra.
Além disso, não custa lembrar que os usos sociais da titulação universitária se inscrevem numa diversidade de mercados e de relações diferenciadas com a estrutura de poder. Por um lado ocorre o crescimento da proporção daqueles que têm alguma ocupação de “elite”, por outro, a forte polivalência nos usos da titulação universitária resulta também na grande quantidade dos que exercem alguma ocupação com rendimento inferior ao daqueles da categoria ocupacional correspondente ao título.
Ou seja, ao ‘cunhar’ o tucano de ‘doutor’, Weverton tentará usar uma estratégia bem definida na tentativa de mostrar os péssimos indicadores do Maranhão durante sua campanha eleitoral, período em que o estado estará sob o comando do ‘doutor’ Brandão.
Ao responder questionamento do blog do Isaias Rocha, o pedetista negou ‘tal estratégia’, mas acabou revelando a senha que usará na disputa. “Pra nós ele é doutor, ele não é do nosso campo”, declarou.
Jogo rápido
Durante a coletiva, o senhor se referiu ao vice-governador Carlos Brandão como ‘doutor’. Isso é uma estratégia de campanha para colar a imagem dele à elite ou distancia-lo das forças progressistas e dos movimentos sociais?
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