Vídeo de deputado maranhense interpretando influencer que promove rifas ilegais viraliza na web / Foto: Reprodução

SÃO LUÍS: O deputado estadual Yglésio Moyses usou o bom humor para alertar os consumidores maranhenses sobre golpes com rifas feitas pelas redes sociais. O parlamentar resolveu fazer uma sátira em que imita um influencer que promove os sorteios ilegais.

“Saiu o nosso primeiro super sorteio das fraudes premiadas, que será realizado pela Loteria Federal!”, brincou na legenda.

O vídeo foi ao ar nesta quinta-feira,19, data em que uma lei que proíbe a divulgação do ‘Jogo do Tigre’ por influencers começou a vigorar no estado. A norma é originária de projeto apresentado pelo parlamentar.

A legislação estadual atinge diretamente o Fortune Tiger, ou ‘Jogo do Tigre’, que foi alvo de uma operação da Polícia Civil, no dia 26 de setembro, que investiga como influenciadores digitais estariam ganhando dinheiro ao apoiar e divulgar o game, que é considerado jogo de azar ilegal no Brasil.

A gravação, disponível no perfil do Instagram do deputado, passou das 8 mil curtidas. No material, Yglésio simula um personagem que usa um veículo emprestado para organizar o sorteio com o objetivo de aplicar potenciais golpes.

“Por apenas 0,01 centavinho você, BEBÊ, NÃO vai ganhar esse super Toyota que eu peguei emprestado para lançar esse sorteio!”, afirmou.

Objeto de investigação

Prática comum entre influenciadores que reúnem dezenas de milhões de seguidores, a promoção de rifas é ilegal e é objeto de investigação policial em ao menos três estados, incluindo o Maranhão. Em todos os casos, a acusação é a mesma: associação criminosa, lavagem de dinheiro e até estelionato, após relatos de que os prêmios não são entregues ou são concedidos a pessoas conhecidas, que depois devolvem os itens.

“Não existe rifa legalizada. As rifas são todas, em princípio, ilegais, ressalvados os sorteios filantrópicos”, informou o Ministério da Fazenda, quando questionado sobre o assunto.

A realização de rifas é tipificada como contravenção penal, assim como o jogo do bicho, e possui pena de prisão de três meses a dois anos, além de multa de R$ 2.000 a R$ 200 mil.

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