Na Paraíba, o deputado estadual Wallber Virgolino (PL), crítico da colocação de câmeras no fardamento das forças policiais, anunciou que já solicitou da sua assessoria jurídica um estudo para elaborar um Projeto de Lei que propõe a colocação de câmeras nos ternos de políticos e nas togas de magistrados e promotores durante o exercício de suas funções, nos ambientes institucionais.
A ferramenta, conforme Wallber, seria usada para combater a corrupção, já que poderia inibir a atuação de quem se utiliza dos cargos para surrupiar os cofres públicos.
“Os defensores das câmeras em policiais dizem que a medida é para proteger os policiais. E não é. Então nós vamos apresentar esse projeto. E não é para proteger os políticos não. É para inibir a prática da corrupção nos maus políticos”, avisou Virgolino, em entrevista à Rádio CBN.
A ideia surge dias após uma recomendação do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre o uso de de câmeras corporais nas operações de agentes de segurança. No caso da Paraíba essa implementação está em análise já algum tempo, mas sofre resistência de muitos integrantes das corporações.
De acordo com o jornalista João Paulo Medeiros, editor da Coluna Pleno Poder, no site do Jornal da Paraíba, a probabilidade do projeto do parlamentar avançar, na Assembleia legislativa, é mínima. É fácil concluir que quase ninguém apoiará um ‘BBB do paletó’.
“Se avançasse, também, a proposta teria dificuldade para obter resultados práticos. Afinal, a corrupção está no caráter dos agentes políticos e não no ‘paletó’. E mais: os conchaves para efetuar desvios, quase sempre, ocorrem longe dos ambientes institucionais”, destacou o colunista.
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