PEDRO DO ROSÁRIO, 12 de dezembro de 2023 – O lavrador Juscelino Vieira, de 67 anos, pai de Evila da Silva Vieira, a mulher de 19 anos que acusou o vereador Domingos Paz (Podemos) de assédio sexual, desabafou sobre o ocorrido, dizendo lamentar o envolvimento de sua filha com questões políticas em São Luís.
Juscelino, que é morador do município de Pedro do Rosário, localizado na Baixada Maranhense, revelou que sua descendente tem problemas psiquiátricos e estaria fazendo tratamento desde os 14 anos de idade na capital maranhense.
A revelação consta em áudios veiculados pelo próprio acusado na manhã desta segunda-feira, 12, na Câmara Municipal de São Luís (CMSL). Em discurso na tribuna, o parlamentar alegou que os materiais exibidos no telão do plenário da Casa eram provas que atestavam sua inocência das acusações contra ele.
Durante o pronunciamento, Paz negou o fato e mostrou ainda a cópia de um prontuário em que aponta que a vítima estaria fazendo tratamento no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, que é uma instituição destinada a acolher os pacientes com transtornos mentais.
Em um dos áudios, a vítima narra o episódio, nega as acusações e afirmou que teria sido induzida a relatar o fato para supostamente incriminar o vereador. Em outro material, o pai dela também aparece negando as denúncias e garantindo que sua filha poderia ter sido usada em um suposto plano para cassar o parlamentar.
Veja os áudios a seguir:
O que diz a suposta vítima?
O que alegou o pai dela?
Vereadora se pronuncia
Logo após a exibição dos áudios no telão do plenário do Legislativo, a vereadora Silvana Noely (PSDB), presidente da Comissão de Assistência Social, Mulher e Direitos Humanos, se pronunciou sobre acusações de perseguição. Em seu discurso, ela também apresentou gravações em áudio apontando que uma mulher chamada Divina, que seria próxima ao colega de parlamento, procurou a suposta vítima oferecendo uma mesada no valor de R$ 1 mil em troca de que a suposta vítima gravasse o material em áudio e vídeo negando as acusações contra o parlamentar.
“Ninguém vai me chamar aqui de mentirosa. Eu não tenho interesse algum em prejudicar o seu mandato. Nenhuma das suas tentativas de me jogar contra a população, como se eu estivesse lhe perseguindo, vai adiantar”, concluiu.
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