Presidente Bolsonaro em discurso, após derrota para Lula no 2º turno (Foto: Hugo Barreto/Metrópoles)

Mais de 44 horas após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar o resultado das eleições 2022, o presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu o silêncio nesta terça-feira (1°/11), mas não admitiu a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas no último domingo (30/10). O petista obteve 50,90% dos votos válidos (60.345.999), enquanto Bolsonaro conquistou 49,10% (58.206.354).

Em pronunciamento feito no Palácio da Alvorada, na tarde desta terça-feira (1º/11), Bolsonaro fez um rápido discurso de dois minutos e três segundos, agradecendo os votos que recebeu, mas sem admitir a vitória do petista. O chefe do Executivo declarou, no entanto, que continuará “cumprindo todos os mandamentos da Constituição”.

“Enquanto presidente da República, este cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou.

Durante a declaração, ele desaprovou atos de caminhoneiros que estão bloqueando rodovias em todo o país desde domingo. Disse que o “cerceamento do direito de ir e vir” é “método da esquerda”, mas que os movimentos são “fruto de indignação e sentimentos de injustiça”.

“As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse o presidente.

O discurso durou 2 minutos e 3 segundos.

Leia íntegra do 1º pronunciamento:

“Quero começar agradecendo aos 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimentos de injustiça de como se deu o processo eleitoral.

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas diversas lideranças pelo Brasil.

Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.

Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição.

Nunca falei em controlar ou cercear a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República, este cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de vários brasileiros, que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela da nossa bandeira.

Muito obrigado.”

 

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