O horário eleitoral voltou a ser exibido nesta sexta-feira, 7, e, no primeiro dia de inserções do segundo turno, o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) destacaram os apoios que têm recebido nos últimos dias, fizeram críticas um ao outro e agradeceram os votos obtidos no primeiro turno.
Na primeira propaganda do segundo turno, Lula mencionou o apoio de Simone Tebet (MDB). A senadora, que disputou a Presidência pela primeira vez, recebeu 4,9 milhões de votos no primeiro turno (4,1%). Na última quarta (5), Tebet declarou voto no petista. A expectativa é que os dois participem de um ato juntos nesta sexta.
A propaganda de Lula também criticou a atuação de Bolsonaro durante a pandemia e exibiu declarações do presidente, entre as quais a que “idiotas” pediam compra de vacinas. Durante toda a pandemia, Bolsonaro não seguiu as orientações de entidades médicas, criticou medidas restritivas e disseminou fake news sobre as vacinas.
Na propaganda de Lula, Bolsonaro foi chamado de “mentiroso, incompetente, violento e desumano”. A peça ainda citou o caso da compra de 51 imóveis com dinheiro vivo pela família Bolsonaro, revelado pelo portal UOL.
O programa do PT também citou dados da economia, entre os quais o cerca de 10 milhões de desempregados e o percentual de famílias endividadas. Lula disse que, se eleito, irá renegociar as dívidas das famílias com juros baixos, reajustar o salário mínimo acima da inflação e investir em grandes obras para gerar empregos.
Já o presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, citou o apoio que tem recebido de governadores (parte já o havia apoiado no primeiro turno) e do jogador de futebol Neymar.
Bolsonaro também criticou Lula e citou ações como a criação do Auxílio Brasil, a queda dos preços dos combustíveis e a redução do desemprego.
O presidente voltou a defender temas da pauta conservadora e repetiu o lema “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Bolsonaro também abordou a eleição de parlamentares, afirmando que a formação do novo Congresso indica apoio de parte da população à sua candidatura.
O programa de Bolsonaro foi narrado por um homem com sotaque nordestino. O presidente causou polêmica nesta semana ao associar a vitória de Lula no Nordeste ao analfabetismo na região.
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