O presidente Lula vetou a possibilidade de o atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, assumir interinamente o comando da pasta após a indicação de Flávio Dino ao STF.

O veto foi dado por Lula durante a reunião com Dino e outros ministros do governo, na segunda-feira (27/11), no Palácio da Alvorada, quando o presidente anunciou ter escolhido o ministro da Justiça para a Corte.

Após Lula comunicar sua escolha, iniciou-se um debate sobre como ficaria a situação de Dino na pasta. Foi sugerido, então, que o ministro tirasse férias ou se afastasse do comando do ministério.

Pelo desenho sugerido, Cappelli assumiria o comando interino do Ministério da Justiça até que o presidente da República decidisse o substituto definitivo de Dino na chefia da pasta.

Foi nesse momento, então, que Lula reagiu e ordenou expressamente que Dino continuasse à frente do ministério, inviabilizando qualquer chance de Cappelli assumir interinamente.

Conforme antecipou a coluna na terça-feira (28/11), Lula disse a auxiliares que não quer deixar o Ministério da Justiça, pasta à qual a Polícia Federal é subordinada, nas mãos de um interino.

Lula está incomodado com Cappelli

Soma-se a isso um incômodo do presidente com Cappelli. Segundo ministros, Lula não gostou nem um pouco de uma mensagem postada pelo número 2 da Justiça no X (antigo Twitter), em 14 de novembro.

No tuíte, Cappelli saiu em defesa de Dino, que, naquele momento, era alvo de críticas pelo episódio das agendas cumpridas pela esposa de um líder do Comando Vermelho no Ministério da Justiça.

Na postagem, Cappelli sugeriu que o motivo das críticas a Dino seria sua indicação ao Supremo Tribunal Federal, até então sequer anunciada pelo presidente da República.

“Como dizia meu professor Dinaldo, “qualquer recém nascido com mais de 5 kg do interior da Patagônia” sabe o motivo deles estarem desesperados atacando o ministro Flávio Dino. Não adianta espernear. “Lá, lá, laiá, lalaiá, está chegando a hora, o dia já vem, raiando meu bem…”, escreveu Cappelli.

Diante da irritação demonstrada pelo presidente, ministros do Palácio do Planalto avaliam que são baixas as chances de Lula escolher Cappelli como substituto definitivo de Dino no Ministério da Justiça.

Cotados para o Ministério da Justiça

Se o presidente decidir indicar uma mulher, as mais cotadas são a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).

Caso a decisão seja por indicar um homem, o nome preferido de Lula para a pasta seria o do ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski, que acompanha o presidente na viagem ao Oriente Médio.

Outros dois cotados são o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas e amigo pessoal de Lula, e Wellington César Lima e Silva, secretário especial para Assuntos Jurídicos da Presidência.

A decisão de Lula, como noticiou a coluna, só deve sair após o petista voltar de viagem, em 5 de dezembro. Enquanto isso, a ordem é para que Dino siga no comando do ministério. (Metrópoles)

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