Dos 26 estados brasileiros, 9 elegeram prefeitos quilombolas em seus municípios. Goiás teve o maior número: quatro quilombolas vão tomar posse em 1º de janeiro de 2025 em cidades do estado. É a primeira vez que o dado entra nos registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), de forma autodeclaratória.

Tocantins elegeu três prefeitos quilombolas. Bahia, Maranhão e Minas Gerais elegeram dois prefeitos cada um. São Paulo, Piauí, Ceará e Pará elegeram um prefeito cada um.

No Maranhão, foram eleitos Nivaldo Araújo (PSB), em Alcântara-MA; e Valdenir (Mobiliza), em Olinda Nova. Também foram eleitos 334 vereadores quilombolas em todo o país, sendo que 17 deles, foram eleitos em municípios maranhenses.

Há 1,3 milhão de quilombolas no Brasil e 13% deles vivem em áreas demarcadas. Para especialistas, a distinção de quilombolas nos dados do TSE representa um avanço.

Quilombolas não eram contabilizados pelo Censo do IBGE, então o TSE não fazia essa diferenciação. “O TSE só introduziu as categorias raciais em 2014, muito depois do IBGE”, explica a especialista do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) Carmela Zigoni, que acompanha de perto candidaturas em comunidades remanescentes de quilombos.

“A partir do momento em que o Censo 2022 passou a fazer o levantamento dos quilombolas no Brasil, que não existia, o TSE também incluiu na sua coleta de dados essa categoria”, completou.

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