Lula e Flávio Dino: ministro da Justiça e Segurança Pública foi indicado para vaga no Supremo — Foto: Evaristo Sá/AFP

Em busca de apoio para aprovação do nome para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi cedo ao Senado nesta quarta-feira (29). Ele se reuniu com o vice-presidente da Casa, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Após o encontro, deu uma entrevista coletiva e defendeu que integrantes da mais alta Corte do país não devem ter “lado político”.

“Quem vai ao Supremo ou pretende ir ao Supremo, evidentemente ao vestir uma toga deixa de ter lado político. Para mim, eu não olho se é governo, se é oposição, se é do partido A, B ou C, eu olho para o país, olho para a instituição”, afirmou Dino.

Ele começou a romaria nos gabinetes dos senadores em busca de votos no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo para indicação, na última segunda-feira (27). O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT), também participa dessa articulação.

“No momento em que o presidente da República faz a indicação, evidentemente que eu mudo a roupa que eu visto. E essa roupa hoje é em busca desse apoio do Senado. A roupa que, se eu mereço essa aprovação, é a roupa que eu vestirei sempre, independe de governo e oposição”, acrescentou.

Ele disse ainda que seguirá a agenda de encontros com “muita constância” e “perseverança”. A projeção do líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), é a de que o atual ministro da Justiça consiga pelo menos 50 votos favoráveis – são 81 senadores na Casa.

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