Presidente do CMDCA de Central é alvo de ataques criminosos com falas distorcidas

Circula pelas redes sociais publicações do blog do Vandoval Rodrigues acusando a prefeita de Central do Maranhão, Fechinha (Republicanos), de interferir na eleição do Conselho Tutelar, o que pode dar a entender que o processo eleitoral estaria viciado e poderia ser contestado na Justiça, após ser levado ao conhecimento do Ministério Público.

Um das publicações apontam ainda que aliados teriam comemorado o resultado do pleito por pronunciar a frase “só deu nóis”. Não está explicado, entretanto, que a palavra ‘nós’ tem uma diferença em relação ao termo ‘nóis’, embora as locuções sejam parecidas.

A palavra ‘nós’ é um pronome pessoal reto, indicativo da 1ª pessoa do plural. Exemplo: onde é que nós vamos parar com essas fake news?

Já a palavra ‘nóis’ é uma gíria utilizada normalmente nas redes sociais. A expressão é o mesmo que “tamo junto”. Exemplo: Valeu por fiscalizar a eleição do Conselho Tutelar! – É nóis!

É provável que pode ter sido isso que tenha ocorrido nas palavras da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Ildelina Sá da Silva – a Deca, ao aparecer em um ‘video selfie’ acompanhada de um dos membros do órgão que teria auxiliado nas eleições do Conselho Tutelar do município, fazendo referência ao ‘nóis’ – que significa “tamo junto” na gíria popular.

Ocorre, entretanto, que as palavras dos interlocutores nas imagens acabaram dando margem para má interpretação. A frase “só deu nóis!” se transformou num refúgio para os canalhas, principalmente, alguns dos que militam na política centralense gerando, inclusive, um texto fora do contexto para postagens em grupos e redes sociais, visando criar um pretexto para politicagem na cidade que é portal para a Rota dos Guarás.

Tentando polemizar a questão, os ratos, baratas e escorpiões que se escondem em entulho e caixas de esgoto, resolveram pegar trecho do comentário da presidente do CMDCA para espalhar conteúdo fora de contexto apenas com o objetivo de criar pretexto.

A realidade, porém, é que um texto só tem sentido diante do seu contexto. Sem o contexto, tudo fica muito vago, e podemos dar a interpretação que quisermos. Assim, textos sem contextos são ótimos para serem manipulados a favor de quem os dita.

Fotos não provam crime

Além de distorcer falas de vídeos que lembram um conteúdo deepfake, outra publicação usa fotos descontextualizadas para acusar a coordenadora do CRAS, Creuza Gonçalves – irmã da prefeita, de distribuir santinhos na fila de votação. A fake news acusa ainda outros aliados da gestora de transportar e aliciar eleitores durante a eleição dos novos conselheiros tutelares.

O problema, entretanto, é que as imagens não provam a autoria do crime. A verdade é que as publicações não conseguiram comprovar substancialmente a ligação entre o fato ocorrido e a autoria do crime. Os entendimentos mais recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não permitem mais a comprovação de crime apenas por registro fotográfico. Ou seja, as denúncias são enganosas e foram usadas para produzir julgamentos precipitados usando mais uma vez um texto fora do contexto.

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