SÃO LUÍS, 19 de novembro de 2024: Após o duplo empate de 21 X 21 pela presidência da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), blogs e portais viraram palcos de debates – mesmo sem nenhuma comprovação – sobre os supostos votos dos 42 deputados na “Batalha de Beckman” – versão atualizada da rebelião popular que ocorreu no Maranhão e no Grão-Pará entre 1684 e 1685, que foi liderada por Manuel Beckman.
Entre uma postagem e outra, surgem opiniões diversas: uns afirmam que o parlamentar A é vilão, enquanto outros dizem que foi o deputado B que traiu. No entanto, a resposta não é tão simples quanto parece, pois o sigilo do voto é um direito de quem estava apto a votar no processo de escolha.
No entanto, enquanto setores da imprensa e da classe política maranhense tentam adivinhar os ‘traíras’ do duplo empate pela presidência da Assembleia Legislativa, algo muito mais interessante vai passando despercebido: a configuração da composição do Legislativo estadual a partir do ano que vem.
Com a vitória de quatro deputados estaduais nas disputas por prefeituras em cidades do interior, o Palácio Manuel Beckman verá a entrada de novos suplentes a partir de janeiro de 2025, impactando o cenário político da Casa. Por isso, cabe um questionamento baseado no título deste post: quem perde e ganha com os quatro suplentes que assumirão vagas dos ‘deputados prefeitos’?
Sem sombras de dúvidas, a presidente Iracema Vale (PSB), perderá dois importantes aliados: o deputado Roberto Costa (MDB), um dos nomes mais experientes, deixará a Casa, para tomar posse como prefeito de Bacabal; e o deputado Rildo Amaral (PP), que foi eleito prefeito de Imperatriz no segundo turno das eleições e deverá renunciar ao mandato para assumir a prefeitura da segunda cidade mais importantes do estado.
No lugar de Roberto, quem vai assumir é o vereador Keke Teixeira (MDB), presidente da Câmara de Cidelândia. Ele tem um perfil conciliador e deverá atuar em consonância com as pautas defendidas pelo MDB.
Catulé Júnior, vai ocupar a vaga de Rildo. Com forte atuação em Caxias, ele foi secretário de Turismo na gestão do ex-governador Flávio Dino. Por conta disso, seu posicionamento em relação à “Batalha de Beckman” acaba sendo uma incógnita.
Outro nome que deixará o legislativo é Juscelino Marreca (PRD), que assumirá o comando do município de Santa Luzia. Ele é da cota governista e se despede da Casa para abrir vaga ao suplente João Batista Segundo (PL), que concorreu sem êxito à prefeitura de Pinheiro. Segundo entra no Legislativo fortalecendo ainda mais a base politica do deputado federal Josimar, cujo partido sempre adotou uma linha mais ao centro. Ou seja, pode votar contra ou favor, sem fazer oposição ao governo.
Por fim, Rafael Leitoa (PSB), que conquistou a prefeitura de Timon, deixará sua cadeira na Alema para o suplente Edson Araújo. Araújo, que já exerceu mandatos legislativos, adotará uma postura mais governista na Casa. O engenheiro de Pesca atualmente é o secretário de Pesca e Aquicultura do Estado do Maranhão.
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