A terceira atualização do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), apresentada nesta sexta-feira (1º) em Brasília, revelou que 2.885 cidades, o que representa 51,3% do apresentou nível baixo na classificação. São Luís, a capital do Maranhão, destacou-se com um desempenho que, embora apresente avanços em algumas áreas, expõe desafios, especialmente no que diz respeito às questões sociais.
O baixo índice nesta dimensão sugere que as iniciativas governamentais ainda não têm sido suficientes para garantir condições adequadas de vida para todos os cidadãos. O IDSC-BR, elaborado com base nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas, é uma ferramenta que monitora o progresso das cidades brasileiras em relação a questões sociais, econômicas e ambientais.
Analisando especificamente São Luís, a cidade obteve classificações variadas em relação a ferramenta que mede avanços e desafios a serem enfrentados pelos municípios brasileiros para erradicar a pobreza e proteger o planeta.
No ODS 1, que trata da erradicação da pobreza, foi a área em que a capital maranhense obteve um desempenho alto, com pontuação entre 60 a 79,99. No entanto, no ODS 2, que aborda a questão da fome e da agricultura sustentável, a cidade ludovicense ficou atrás, com uma classificação média, entre 50 a 59,99.
São Luís enfrentou desafios em áreas como a igualdade de gênero, avaliada pelo ODS 5, onde obteve uma das classificações mais baixas, entre 0 a 39,99. Por outro lado, a Ilha do Amor obteve destaque no ODS 3, relacionado à saúde e bem-estar, com uma classificação média, variando entre 50 a 59,99.
A capital maranhense se destacou positivamente em relação ao ODS 6, que aborda o acesso à água potável e ao saneamento, alcançando também uma classificação média, entre 50 a 59,99. Apesar disso, a cidade enfrenta desafios em setores como o ODS 9, que trata da indústria, inovação e infraestrutura, onde foi classificada como muito baixa, com pontuação abaixo de 39,99. A redução das desigualdades, abordada pelo ODS 10, também representa um desafio crítico para São Luís, com nota que variou entre 40 a 49,99.
“É um retrato do nível de desenvolvimento sustentável das cidades, que traduz um pouco da qualidade de vida nos territórios. E é este o grande objetivo dele [índice]: melhorar a qualidade de vida”, destaca o diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, responsável por desenvolver a ferramenta, Jorge Abrahão.
Integração
A terceira edição do IDSC é resultado de parceria entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Caixa Econômica Federal, com apoio institucional da Comissão Nacional dos ODS da Secretaria-Geral da Presidência da República; da Estratégia ODS, coalizão multissetorial voltada para o apoio à implementação da Agenda 2030 no Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas e do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB).
Políticas públicas
O secretário de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Adalberto Maluf, considera a ferramenta um orientador para políticas públicas, em que os governos municipais conseguem ter referências de políticas exitosas como modelo, os estados percebem onde devem empenhar esforços e o poder público federal podem direcionar melhor os recursos.
“Com o índice, podemos avaliar qual foi o histórico da implementação das políticas públicas nos últimos anos, onde tiveram resultado melhor, o por quê de terem sido bem-sucedidas ou não terem sido bem-sucedidas, para que, à medida que a gente avance, em especial, com os novos investimentos, com o acompanhamento das emendas parlamentares, a gente consiga ter uma clareza maior do tipo de política pública que gera resultado e consegue ser medido”, conclui.
Nações Unidas
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são parte de um plano de ação criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com metas que buscam a erradicação da pobreza, proteger o meio ambiente e garantir a segurança climática em uma Agenda 2030.
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