Gerardo Fernandes, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-MA), afirmou, em entrevista ao jornal O Estado, que as obras de duplicação da BR-135 não estão paralisadas, como havia sido divulgado após o acidente, que acabou com a morte de oito pessoas, no qual uma carreta se chocou com um veículo de passeio, neste domingo(3). Segundo Fernandes, por causa de problemas no orçamento do Governo Federal, os serviços sofreram atrasos, principalmente em 2015, mas as obras foram retomadas a todo vapor desde abril deste ano.

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“As obras não foram paralisadas. A disponibilidade do orçamento financeiro do governo federal em 2015 impediu o avanço normal da obra, gerando atraso nos serviços. Algumas frentes de serviço foram realocadas em função do período chuvoso”, explicou.

Ainda segundo ele, as forças dos trabalhadores estão concentradas apenas na construção de viaduto, nas proximidades da cidade de Rosário. “As obras foram retomadas em abril deste ano e concentradas, inicialmente, na construção do viaduto de acesso a cidade de Rosário no entroncamento da BR 135 com a BR 402, em Bacabeira”, disse o superintendente, ressaltando que o prazo de entrega já está definido: “A duplicação está em andamento e os serviços serão intensificados a partir deste mês de julho. O prazo de entrega é abril de 2017”.

Questionado sobre os avanços do serviço, Gerardo Fernandes afirma que faltam apenas 20% para serem concluídos. “Cerca de 80% dos serviços estão concluídos”.

Sobre o orçamento, o Fernandes afirmou que chega mais R$ 350 milhões. “Incluindo os reajustamentos, até o momento o DNIT investiu cerca de 370 milhões”.

Atrasos e pressão

Anteriormente, a previsão do DNIT era de que a duplicação fosse concluída em setembro de 2015. As obras para duplicação do trecho da BR­135 foram iniciadas em setembro de 2012, com previsão de entrega para setembro de 2014, mas, segundo o órgão, o período chuvoso e a aquisição de máquinas importadas atrasaram o serviço.

A bancada federal na Câmara também pressionou o Governo Federal, no ano passado, pela retomada das obras. Os deputados chegaram a assinar o documento em que condicionava apoio às pautas de interesse da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional, à conclusão das obras no Maranhão.

Os deputados federais também remanejaram as emendas parlamentares para a conclusão das obras, articulação que encontrou resistência do governador Flávio Dino (PCdoB).