Em Açailândia, a 600 km de São Luís, os casos suspeitos de dengue, vírus da zica e febre chikungunya só aumentam, segundo as notificações da Secretaria do Município.
Do inicio de janeiro à primeira quinzena de março deste ano mais de 800 casos de dengue, vírus da zika e febre chikungunya foram notificados na cidade de Açailândia.
O maior registro são pessoas com sintomas da dengue com 646 notificações, seguido de 133 casos do vírus da zika e 35 casos de febre chikungunya. Três bebês com microcefalia estão sendo acompanhados.
A coordenadora de endemias, Adriana Parra, afirma que duas mães que tiveram filhos com microcefalia estão sendo acompanhadas. “Duas mães tiveram sintomas no início da gravidez. Quando veio a nascer foi detectado o perímetro cefálico. Eles recebem acompanhamento com a neurologista aqui. Tem uma que tá em Imperatriz e tem outra que já foi enviada pra São Luís”.
No ultimo levantamento de índice rápido do Aedes (Lira), Açailândia estava com 3,50 por cento. O número bem acima do aceitável pelo Ministério da Saúde que é de um por cento. O bairro com maior índice de infestação é o centro.
Para tentar diminuir os números, os 37 agentes de endemias que atuam na região já começaram a trabalhar em parceria com os pouco mais de 200 agentes de Saúde nas visitas as casas com o objetivo informar sobre a prevenção e cuidados com o mosquito Aedes aegypti.
Segundo o Departamento de Vigilância em Saúde de Açailândia, cada agente de endemia é responsável por atender 1000 famílias. Até o momento, um total de 34 áreas do município continua sem a presença desse profissional. A aposentada Maria da Penha diz que é preciso ter cuidado para não adoecer. “A gente tem cuidado e os outros não tem. Então corre o risco de pegar uma dengue”, finaliza a aposentada.
Além das informações, os agentes também fazem a aplicação de produtos químicos que são próprios para o combate à larva do mosquito Aedes aegypti.