Os noventa anos de O Imparcial, o mais antigo jornal em circulação no Maranhão, foram lembrados com a outorga de uma placa da Câmara de Vereadores de São Luís e sua entrega ao diretor-presidente do veículo, o jornalista Pedro Freire, em homenagem à contribuição dada ao desenvolvimento do Maranhão e de seus residentes, através das informações veiculadas nas suas edições. A homenagem foi realizada na tarde desta terça-feira (12/07), em sessão solene da Câmara, que contou com a presença de vereadores e convidados, muitos deles jornalistas.

A sessão foi presidida pelo vereador Pavão Filho (PDT), que também representou o presidente Astro de Ogum, e o autor da iniciativa, Fábio Câmara (PMDB), falou por si e em nome Câmara. Também estavam presentes e fizeram uso da palavra os vereadores Isaías Pereirinha (PSL), Professor Lisboa (PCdoB) e Chaguinhas (PP), todos ressaltando a imparcialidade com que o jornal noticia os fatos e a contribuição que resulta aos leitores e à sociedade em geral.

Pedro Freire esteve ao evento acompanhado do diretor de redação do jornal, Raimundo Borges, o administrador, jornalista Pedro Freire Filho, e o seu colega da área de distribuição, Célio Sergio. O secretário de Planejamento de São Luís, José Cursino Raposo, representou o prefeito Edivaldo Holanda, e como convidados destacados estavam o professor da Universidade Federal, doutor Sofiane Labidi, e o médico e articulista especializado Rui Palhano, além do diretor de comunicação social da Cemar, Luis Carlos Cardoso.

Pedro Freire, condômino no Maranhão do conglomerado associado no Brasil, fez da tribuna um breve relato da origem da imprensa no mundo até seus dias atuais. O jornalista lembrou que tudo começou com a Acta Diurna, no Império Romano, e que no Brasil a imprensa chegou em 1808 com o príncipe regente D. João, que criou a Imprensa Régia, cuja tipografia editou a Gazeta de Notícias, no Rio de Janeiro, em agosto daquele ano.

Ele citou que, no entanto, o publicista português Hipólito José da Costa fundou em Londres o Correio Brasiliense que circulou no Brasil desde junho, clandestinamente, e prolongou-se até 1822. Quanto aO Imparcial, Freire lembrou que o jornal foi fundado por J. Pires, seu dono, para ser imparcial diante da contenda da imprensa política, que se digladiava. O jornal começou a circular a partir de 1926. Com a criação da Cadeia Associada, por Assis Chateaubriand, na década de 1950, O Imparcial foi adquirido para integrar o conglomerado, e permanece até hoje.