Família que teve o corpo de bebê desaparecido da câmara fria do Hospital Materno Infantil, em São Luís (MA), vai acionar o hospital na Justiça. A mãe que ainda está internada gravou um vídeo falando da sua revolta.

Quarenta e oito horas depois do desaparecimento do corpo da filha, Ednete Francisca dos Santos, que ainda está internada, desabafa em um vídeo gravado com telefone celular.

Ednete estava com 36 semanas e seis dias de gestação. Ednete tem púrpura, uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células ligadas ao processo de coagulação do sangue. Por isso, a gestação foi cercada de cuidados.

De acordo com o marido, no último dia 12, ela deu entrada no Hospital Materno-Infantil de São Luís sentindo dores. No dia 18, Ednete voltou ao hospital, com dores ainda mais fortes. Foi constatado que o bebê estava morto.

A família pediu um laudo da causa da morte do bebê. O corpo teria sido encaminhado para o Hospital Dutra onde seria feito o exame. Mas, foi devolvido sem o exame, porque faltava a placenta. O que parecia complicado ficou pior ainda. Na última quinta-feira (21), três dias depois do nascimento, o corpo do bebê que estava na câmara fria do hospital desapareceu.

De acordo com a direção do Materno Infantil, além do corpo de Maria Clara, os corpos de outras duas crianças que nasceram mortas, também desapareceram da câmara fria. Nestes dois casos, até agora,os pais não apareceram para cobrar os corpos ou uma explicação.

A direção do hospital acredita que os corpos dos três bebês tenham sido confundidos com lixo, pelo pessoal da limpeza. E podem ter sido incinerados.

Em relação à placenta que deveria ser utilizada para biópsia, o hospital disse que houve um erro e o material foi desprezado.

De acordo com a família, o caso já está nas mãos de um advogado. Como o Materno Infantil é um Hospital Universitário, deve ser investigado pela Polícia Federal (PF), já que o corpo do bebê desapareceu de um hospital federal. Os pais querem saber a causa da morte e onde foi parar o corpo do bebê. O próprio hospital registrou queixa na PF.