Ao votar para receber a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou o filme “Ainda Estou Aqui” como exemplo de que as consequências de um golpe de Estado são permanentes.

Dino fez referência ao golpe militar de 1964: “Dizem que em 1º de abril daquele ano não morreu ninguém. Mas golpe de Estado mata, não importa se é no dia ou anos depois. Vimos isso agora nas telas do cinema.”

O ministro, então, mencionou o longa-metragem do diretor Walter Salles, que venceu o Oscar de melhor filme internacional em 2025. A película conta a história do desaparecimento forçado do ex-deputado Rubens Paiva por agentes da ditadura militar.

“Golpe de Estado é coisa séria”, destacou Dino, ao votar pela abertura da ação penal. “É uma desonra à memória nacional termos pessoas que perderam familiares em momentos de trevas no Brasil.”

O filme já havia sido citado por Dino quando o STF reconheceu, em fevereiro, a repercussão geral de um recurso que discute a validade da Lei da Anistia para casos de ocultação de cadáver.

Dino entende que, como esse crime é permanente, não pode ser perdoado. “Quem oculta e mantém algo oculto, prolonga a ação até que o fato se torne conhecido. O crime está se consumando inclusive na presente data. Logo, não é possível anistia.”

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