Vice quer responsabilizar prefeito por atos praticados pelo marido

O mandado de segurança é um dos cinco remédios constitucionais previstos na Constituição Federal brasileira de 1988. Ele tem como objetivo proteger um direito líquido e certo que é ameaçado por uma autoridade pública ou um órgão que exerça funções públicas.

Foi com essa medida processual subsidiária, que a vice-prefeita de Rosário, Claudia Anceles (PT), se colocou em uma posição contraditória ao buscar o remédio constitucional, visando garantir a vaga caso fosse confirmada a cassação do prefeito Calvet Filho (PSC) na Câmara Municipal.

No documento protocolado na 1ª Vara de Justiça da Comarca de Rosário, Claudia diz que não pode responder em tese pelos possíveis crimes administrativos cometidos pela gestão do titular e que estão sendo investigados pelo Legislativo.

No pedido, ela garante que o caso pode resultar na cassação da chapa alegando uma espécie de ‘injustiça’, pois não assumiu em nenhum momento o cargo de prefeita e jogou toda a responsabilidade no colo do titular do cargo.

Além de contraditório, o argumento da vice-prefeita foi injusto, pois ela esquece que as denúncias que estão sendo apuradas pelo Parlamento foram praticadas por seu marido, o enfermeiro Willame Anceles, que atuou como secretário de saúde e foi afastado logo depois de estourar o escândalo dos “falsos médicos” e das “rachadinhas”.

Agora resta saber se o plano de cassar o prefeito e assumir a titularidade foi uma estratégia combinada com o marido ou com setores da oposição?