Faltando menos de 7 dias para o 1º turno, o número de eleitores que ainda estão indecisos sobre seu voto para prefeito de São Luís ainda representa uma porcentagem de mais de 30%, no entanto, houve uma diminuição nesse índice, de acordo com o Instituto Quaest, em levantamento divulgado na última sexta-feira (27).
Conforme apontou os dados do estudo, 29% dos eleitores entrevistados afirmou que ainda não está decidido sobre o voto para prefeito. Além disso, o levantamento ainda projetou que 4,0% dos eleitores entrevistados votariam branco/nulo ou não vão votar.
A pesquisa divulgada foi realizada nos dias 24 e 26 de setembro e entrevistou 852 eleitores. O número de registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é MA – 06269/2024. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
Diminuição dos indecisos
Com a porcentagem divulgada na sexta-feira, é possível constatar que houve uma diminuição no número de eleitores indecisos em São Luís, comparado com o último levantamento da pesquisa, em 9 de setembro. Na época, a Quaest apontou que 42% não haviam decidido sobre o voto.
2º turno ainda é possível
O que chamou a atenção do titular do blog é a possibilidade de a disputa encerrar em dois turnos. Isso ficou claro, por exemplo, no cenário de intenção de voto espontâneo, quando o entrevistado não tem acesso a nenhuma lista com os nomes dos candidatos.
Neste quesito, Eduardo Braide (PSD) avançou de 43% para 49%, enquanto Duarte Júnior (PSB) também oscilou positivamente de 12% para 14%.
Wellington do Curso (NOVO) que não havia pontuado nessa pesquisa, aparece com 2% das intenções de voto no cenário espontâneo. Dr. Yglésio (PRTB) e Fábio Câmara (PDT) permaneceram com os mesmos 1%. Flávia Alves (Solidariedade), Franklin Douglas (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU) não pontuaram.
O que vale é a espontânea
Em muitas ocasiões as pesquisas de intenção de voto têm sido utilizadas para interferir no resultado de uma eleição, fortalecendo ou enfraquecendo candidaturas de acordo com a posição do candidato na pesquisa.
Acontece que as pesquisas de intenção de voto divulgadas pela mídia correspondem às pesquisas estimuladas, onde os nomes dos candidatos são apresentados para a escolha do eleitor. Ora, esse tipo de pesquisa era realmente uma simulação da eleição na época em que eram utilizadas cédulas com os nomes dos candidatos. Entretanto, com a urna eletrônica isso não acontece mais. Os nomes dos candidatos não aparecem na tela da urna e o eleitor tem que saber com antecedência qual o candidato da sua preferência para digitar o seu número. Neste caso, a simulação da eleição só pode ser feita com a pesquisa espontânea, sem a apresentação dos nomes dos candidatos.
A pesquisa espontânea é ignorada pela mídia, talvez porque ela, de um modo geral, é muito diferente da pesquisa estimulada. Nesta perspectiva, pode-se considerar que qualquer análise realizada com base nas pesquisas estimuladas deve ser relativizada, uma vez que ela não representa efetivamente uma simulação da eleição. Somente a pesquisa espontânea poderia fundamentar uma análise que pretenda refletir sobre os prováveis resultados das eleições.
Para compreender melhor
Se analisarmos os resultados de um levantamento do Ibope, divulgado em 28/09/2016, na pesquisa espontânea Edivaldo Jr. apareceu com 38% da preferência dos entrevistados enquanto Wellington do Curso foi citado espontaneamente por 28%. Considerando a margem de erro de 3% da pesquisa, abaixo do segundo colocado, somente Eliziane Gama com 8%, poderia afirmar ter sido efetivamente lembrada pelos eleitores.
Os demais citados, Eduardo Braide (5%), Fabio Câmara (4%), Rose Sales (3%), Claudia Durans (2%) e Valdeny Barros (1%), segundo a margem de erro poderiam ser considerados ignorados pelos eleitores. Esse resultado é o que simula realmente a próxima eleição municipal. Entende-se assim porque eles são ocultados pela grande mídia.
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