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O presidente do Sindicato dos Advogados do Maranhão (Sama), Mozart Baldez concedeu entrevista, na manhã desta segunda-feira (07), ao jornalista Osvaldo Maia, apresentador do programa Passando a Limpo, da Rádio Difusora AM, para falar sobre o pedido de intervenção na Polícia Civil do Maranhão motivado pela crise moral e ética que passa a instituição por conta das denúncias de corrupção envolvendo agentes e delegados.

O estopim dessa situação ocorreu na semana passada, quando mais um caso de desvio de conduta veio à tona, depois que a advogada Paulyana Ribeiro denunciou ter sido mantida em cárcere privado por outro delegado, Avilásio Fonseca Guimarães Neto.

“O sindicato entende que a ação policial irregular não se trata de um caso isolado e que esse tipo de conduta desacredita a instituição como um todo, já que ultimamente os casos de corrupção e escândalo na Polícia Civil vêm se repetindo, culminando com prisões e demissões”, acusou Mozart Baldez.

Após explicar o pedido de intervenção no sistema, o jornalista Osvaldo Maia questionou o presidente do Sama sobre a eleição da OAB e quis saber dele se pretende entrar na disputa. Ao responder a pergunta, o sindicalista declarou que ainda era prematuro discutir eleição, mas que poderia pensar em ser candidato no momento adequado e aproveitou para cobrar um posicionamento da Ordem em relação a questões que envolvem os advogados, como o problema na segurança pública do estado.

“Ainda está muito cedo para se discutir eleição para a Ordem. Faltam um ano e alguns meses. A eleição é em novembro do ano que vem. O que eu acho é que a Ordem dos Advogados do Maranhão tem que trabalhar, pois o Sindicato está fazendo o seu papel. E eu acho que está muito prematuro a gente discutir eleição para a Ordem. Poderia pensar em ser candidato, mas quando chegar o momento adequado. No momento o que precisamos é que a Ordem trabalhe e ela não está trabalhando. Ela está se escondendo dos problemas do Maranhão. Esse problema da segurança pública é uma questão que a OAB precisa se manifestar. A doutora Paulyana Ribeiro esteve na OAB e a entidade virou as costas para a advogada então ela foi ao Sindicato e nossa instituição saiu em defesa dela”, declarou o causídico.

Sobre a falta de motivação de alguns advogados pela disputa da Seccional da OAB, Baldez afirmou que não se trata de desinteresse. Segundo ele, a questão é que o tempo deles passou.

“Essa questão de dizer que tem pessoas desentesadas pela OAB, não. É porque o tempo deles passou. A OAB estacionou no tempo, não só na administração do Thiago Diaz, mas em gestões passadas. Porque são gestões de amigos. O que precisamos é de uma Ordem que defenda a Constituição e as Leis. Então essa crise moral que a Policia Civil está passando também devem ser combatida pela OAB”, concluiu.