Os vereadores Francisco Carvalho (PSL), Estevão Aragão (PSB), Raimundo Penha (PDT), Antonio Marcos Silva, o Marquinho (DEM), dentre outros participaram, na manhã de segunda-feira (8), de uma audiência pública, na Assembléia Legislativa do Maranhão (Alema), para debater as propostas da Reforma Política que estão sob análise do Congresso Nacional.
Na abertura do evento, o deputado Eduardo Braide (PMN), que preside a Comissão Especial criado para discutir o tema no Parlamento maranhense, enfatizou a importância de ouvir a sociedade sobre os projetos em tramitação tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados.
“A Reforma Política, neste momento tão importante para o País, não pode ser negligenciada. Ela é a mãe de todas as reformas”, ressaltou Braide, diante de uma platéia que deixou completamente lotado o Auditório Fernando Falcão.
Os vereadores que participaram da audiência pública se opuseram em alguns pontos da discussão como, por exemplo, o fim do cargo de vice, voto em lista fechada, fim das coligações para chapas proporcionais, dentre outras propostas. Algumas das propostas debatidas no encontro devem compor o relatório da Comissão de Reforma Política na Câmara dos Deputados.
O vereador Francisco Carvalho (PSL) se posicionou contrário ao fim das coligações, durante o encontro. Em entrevista à equipe do ‘Câmara News’, informativo que vai ao ar toda sexta-feira pela Rádio Difusora AM, o parlamentar explicou os motivos que o levaram a se opor à proposta do voto em lista fechada.
“Eu sou totalmente contra o fim das coligações e ao voto em lista fechada. Estamos sabendo que estão garantidos as coligações para a eleição do ano que vem, mas elas vão acabar em 2020. Ou seja, nós vereadores seremos cobaias para um projeto que pode dá certo ou não. Eu sou totalmente contrario a isso”, argumentou Chico Carvalho.
O vereador Raimundo Penha (PDT), que também participou do encontro, defendeu o fim da reeleição para agentes políticos do Executivo, por considerar que num estado democrático acredita-se que o comando da gestão pública é um espaço para todos.
“Olha, destacamos para a sociedade que depois de uma grande crise política como essa, a reforma é um modelo que passa a limpo. E estamos hoje aqui, enquanto Câmara de Vereadores, para discutir temas importantes e para dá nossa contribuição. O fim da reeleição para cargos executivos hoje é um consenso em nosso partido e estamos aqui para reforçar essa proposta”, afirmou.
O vereador Estevão Aragão (PSB), um dos que representou a Câmara Municipal de São Luís na mesa dos trabalhos, disse que é preciso que toda a classe política e a sociedade estejam atentas para discutir esses temas antes que virem lei.
“Primeiramente parabenizo a comissão na pessoa do seu presidente, o deputado Eduardo Braide, por trazer a tona tão importante tema. É a Reforma política vai determinar a forma como escolheremos nossos representantes, que irão estar à frente de todas as outras reformas. Por isso da importância de discutirmos amplamente”, afirmou.
A abertura da audiência pública contou com a presença dos deputados federais Rubens Júnior (PCdoB), José Reinaldo Tavares (PSB), Hildo Rocha (PMDB) e Waldir Maranhão (PP). Também participaram da audiência pública os deputados estaduais Levi Pontes (PCdoB), Rafael Leitoa (PDT), Edilázio Júnior (PV), César Pires (PEN) e Stênio Rezende (DEM), e o ex-deputado Joaquim Haickel.
Além de diversos dirigentes de partidos políticos e de líderes sindicais, a audiência pública teve também a presença do presidente da Associação dos Magistrados (AMMA), Ângelo Santos; do presidente da Associação do Ministério Público do Estado (Ampem), promotor de justiça Tarcísio José Sousa Bonfim, e do promotor de justiça Pablo Bogéa, na condição de representante do procurador geral de Justiça do Estado, Luís Gonzaga Coelho.
