O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, gravou um vídeo nesta quinta-feira (18), falando do Projeto de Lei que cria o “Cartão Alimentação Escolar”, destinado aos alunos da rede pública municipal de ensino.
O benefício consiste no pagamento de auxílio financeiro no valor mensal de R$ 80,00 (oitenta reais) por cada aluno matriculado na rede pública municipal. De acordo com a proposta, o auxílio será concedido de forma retroativa. Cada estudante receberá um cartão no valor de R$ 400,00 (quatrocentos reais), referente aos meses de agosto a dezembro.
No entanto, ao ser questionada sobre a quantidade de alunos beneficiados, a equipe da Secretaria Municipal de Educação (Semed), teria sido pego de surpresa. Na data do anúncio, por exemplo, ninguém na pasta sabia da decisão do prefeito. Alguns deles, que preferiram não se identificar, disseram que a medida não passou pela pasta.
No comentário do vídeo, publicado em suas redes sociais, Braide diz que enviou o Projeto de Lei à Câmara Municipal. O problema, porém, é que se a secretária Ana Caroline Salgado, for convocada ou convidada a explicar os procedimentos aos vereadores de como a iniciativa deverá funcionar, pode até correr o risco de passar vergonha.
A situação é mais uma prova de que a falta de diálogo virou o maior empecilho da atual administração. Talvez isso possa explicar, por exemplo, as constantes mudanças de secretários na Semed.
Nem um mês de alimentação
O benefício, distribuído para estudantes da rede municipal, deverá substituir a merenda, suspensa por causa do fechamento das escolas durante a pandemia de coronavírus. O valor deveria cobrir um mês de despesas com comida, mas pode não chegar nem a dez dias alimentação para alunos sem aula, conforme cálculo do blog com base na quantia do benefício e os custos com produtos da cesta básica.
Perguntas sem respostas
Nesta segunda-feira, o blog enviou mensagem no WhatsApp Corporativo da Assessoria de Comunicação da Semed com seis questionamentos, que não foram respondidos:
1. Quantos alunos serão beneficiados, levando em conta que a rede possui mais de 6 mil?
2. O que motivou o lançamento do cartão quase no último mês do ano?
3. Os estudantes das escolas comunitárias, que são conveniadas, também terão direito ao benefício?
4. Quem vai realizar a entrega dos cartões? A equipe responsável foi treinada?
5. Caso seja chamada pela Câmara ou venha conceder entrevista para explicar essas e outras dúvidas, a secretária Ana Carolina saberá detalhar o projeto do prefeito?
8. Por fim, queremos saber se o valor do benefício vai garantir pelo menos um mês de alimentação aos familiares dos alunos que serão beneficiados?
Apesar da solicitação do pedido de esclarecimento ter sido feito pela manhã, entretanto, até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da pasta não havia respondido aos questionamentos.
Sem dialogo, sem respeito
Assim segue a administração bradista: sem educação, sem respeito, sem diálogo e sem relação humana. A falta de sintonia, por exemplo, impede que o chefe do executivo realize uma gestão democrática, construída com todos os requisitos primordiais.
Com este R$ 400, 00 de créditos no cartão alimentação não dá para comprar muita coisa, mas certamente o pouco que poderá comprar é melhor do que a propria merenda escolar oferecida pela prefeitura de São Luís, pois a qualidade é sofrível. O que me impressiona é nutricionista aprovar o cardápio. Nutrição não é a minha cadeira, porém o pouco que eu sei parte daquilo que se oferta nas escolas um nutricionista não colocaria no cardápio de uma pessoa caso ela pedisse uma orientação alimentar. Outra coisa é a insistência da Semed em continuar com a empresa do Alto da Lapa, S. Paulo. Eu trabalho em escola do município e sou critica do lanche ofertado aos alunos. Certa vez fiz uma pergunta na rede social do ex-prefeito Edivaldo e ele não respondeu, e faço ao prefeito Braide: será que ele daria aos filhos dele o mesmo lanche que é oferecido aos alunos da rede municipal?