Se existe alguém que não pode reclamar de fraude na urna eletrônica, é o deputado federal Gildenemir (PL), que chegou à Câmara Federal sem votos necessários para se eleger. O parlamentar que era filiado ao PMN, só ascendeu ao mandato, graças à votação do atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), que foi eleito o segundo deputado federal mais votado em 2018 e, de quebra, ‘puxou’ o sem voto para a Câmara.
Com pouco mais de 40 mil votos, Gildenemyr foi beneficiado pelo sistema de eleição proporcional, que nem sempre o candidato mais votado é o que obtém a cadeira no Legislativo, como ocorre, por exemplo, na eleição pelo sistema majoritário – usada no Senado e em cargos executivos (presidente da República, governadores e prefeitos).
O parlamentar do PL conquistou uma das 18 cadeiras do Maranhão na Câmara com uma votação menor que a de Simplício Araújo (SD), com 74.058 votos; Wolmer Araújo (PV), com 64.619 votos; Victor Mendes (MDB), com 61.136 votos; Gastão Vieira (PROS) 57.864 votos e Dr. Gonçalo (Republicanos), com 56.108 votos.
Ou seja, sem nenhum motivo para contestar a segurança nas urnas, Gildenemir resolveu contrariar a “orientação do partido” que determinou à bancada para votar contra a proposta.
Conhecido pelo posicionamento extremista, o parlamentar desbebeu a sugestão da sigla e preferiu seguir suas próprias posições com o objetivo de agradar um pequeno grupo de eleitores fanáticos. Por conta da postura na votação, ele agora pode ser alvo de um processo de infidelidade partidária, com base na Lei 9.096 de 1995, que dispõe sobre os partidos políticos.
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