MDB em São Luís estaria atuando com um presidente de fato e outro de direito

Desde julho deste ano, o deputado federal Cléber Verde foi anunciado como presidente do MDB em São Luís. A cadeira, no entanto, não lhe pertence. Um golpe de sorte, ou uma articulação via Brasília, colocou-o onde está, mesmo contra vontade de alguns caciques emedebistas do estado.

Na época, o anúncio chegou a ser feito após reunião entre o próprio Cléber Verde, a deputada federal Roseana Sarney e o deputado estadual Roberto Costa.

Verde imaginava que o lugar de presidente da sigla era seu. Ou assim ele pensava. O que o deputado não sabe, ou ainda finge não saber, é que a cadeira está infestada de cupins, como a da famosa história de Saramago.

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Por fora parece firme e sólida, mas por dentro está praticamente oca. A cadeira está prestes a cair aos pedaços e o único destino possível para esse homem é a queda.

Como o diretório municipal foi ‘compartilhado’ com o coronel José Vieira, indicado por Roseana; e o secretário de Assuntos Metropolitanos, André Campos – aliado de Costa, Cléber Verde acabou sendo transformado apenas em uma peça figurativa.

Por meio de uma articulação junto ao comando partidário nacional, o deputado federal ganhou a cadeira da presidência do diretório municipal com a promessa de coordenar o processo sucessório na capital maranhense. O problema, entretanto, é que quem vem falando pelo partido é justamente o deputado Roberto Costa.

Ontem, por exemplo, após o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PSDB), comunicar a retirada da sua pré-candidatura a prefeito, Roberto Costa que  atua como ‘presidente de fato’ do MDB, correu para dizer na imprensa que o partido só debate o rumo eleitoral em 2024.

“Vamos discutir esse assunto só no começo do próximo ano. Até porque estamos no processo de mudança no comando estadual do partido. A ideia é que iremos discutir com todos os pré-candidatos”, declarou o deputado em entrevista ao Imirante.com, negando que a legenda já tenha se decidido pelo apoio à reeleição do prefeito Eduardo Braide (PSD) em São Luís nas eleições de 2024.

A declaração de Costa transforma Verde [que caiu de maduro na legenda] em uma espécie de presidente decorativo no MDB ludovicense, fazendo a sigla contar com um ‘presidente de fato e outro de direito’.

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