Após uma semana, chegou a fim nesta sexta-feira (25) a greve dos policiais civis do Maranhão. A decisão aconteceu após a realização de uma assembleia geral, em São Luís. Segundo o presidente do Sindicato dosPoliciais Civis do Maranhão (Sinpol-MA), Heleudo Moreira, a categoria decidiu encerrar a greve após uma reunião com o governador do estado, Flávio Dino.

“A categoria decidiu encerrar a greve após uma reunião com o governador Flavio Dino e o secretário de segurança Pública Jefferson Portela, e outros secretários em que eles criaram uma comissão para analisar as demandas da categoria”.

Ainda segundo o presidente do Sinpol, ospoliciais civis retornam às suas atividades ainda nesta sexta. “Ficou acertado que a orientação é que com fim da greve devemos voltar as nossas atividades imediatamente”, disse.

Durante o movimento grevista, apenas 30% do efetivo policial estava atendendo a população, conforme previsto em lei. Peritos e delegados não aderiram à greve. No Estado, são 2.116 policiais civis.

Os policiais civis reivindicavam melhores condições de trabalho e pleiteavam a reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo do Maranhão. Também estavam na pauta assuntos como aumento do efetivo, tecnologia, inteligência policial e melhores condições de trabalho.

Crítica
Nessa semana, o governador do Estado, Flávio Dino, usou as redes sociais para criticar o movimento grevista dos policais civis. Na ocasião, Dino havia dito que a categoria teria recebido aumento em sua remuneração e que o movimento grevista era um recurso extremo.  “Não é razoável greve por conta de reivindicações a serem debatidas em 2016. Com o detalhe de que a classe tem aumento de remuneração em 2015”, diz o governador. “Greve é recurso extremo, excepcional, especialmente quando envolve serviços essenciais à população. Por isso, peço razoabilidade”, afirmou.

Em resposta às críticas do governador, o presidente do Sinpol disse em entrevista ao G1 que não era correto por parte de Dino privilegiar algumas classes, algumas categorias, e que ele estava distorcendo toda a paralisação. “Não é razoável por parte dele privilegiar algumas classes, algumas categorias. Se o governador não fosse levado pela vaidade, se ele assumisse e recebesse a categoria, ele poderia corrigir distorções ampliadas no seu governo”, declarou.