Recursos oriundos de emendas de deputados estaduais – encaminhados a prefeituras – podem ter alimentado o esquema de lavagem de dinheiro de Josival Cavalcanti, o Pacovan, desbaratado ontem (4) pela Operação Jenga.

Segundo a Polícia Civil, após a deflagração da ação, a segunda fase das investigações consiste em identificar com clareza que parlamentares e que prefeitos integravam a organização criminosa.

O alvo da operação foi uma quadrilha que lavava dinheiro em postos de combustível da Região Metropolitana de São Luís, comandada, segundo a polícia, por Pacovan. Ao todo, 18 pessoas foram presas na capital e nas cidades de Itapecuru e Zé Doca.

A polícia suspeita que o sistema de lavagem montado por Pacovan tenha movimentado R$ 200 milhões – a informação inicial era de R$ 100 milhões, mas foi atualizada em coletiva à imprensa. Os recursos seriam oriundos de corrupção em prefeituras, “esquentados” nos postos de combustíveis – por meio de contratos com as gestões municipais – e depois utilizados nos negócios do grupo.