Rocurônio é m dos medicamentos usados no “kit intubação” que corre risco de desabastecimento- Foto: Breno Esaki/Divulgação/ND

Os medicamentos que integram o “kit intubação”, importantes para o tratamento de pacientes com Covid-19, podem faltar em 1.316 municípios do Brasil. É o que aponta uma pesquisa divulgada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios).

O levantamento ouviu 2,6 mil prefeituras entre 23 e 25 de março de 2021. O objetivo foi identificar os principais problemas enfrentados em relação à gestão da pandemia.

Sem uma ação de socorro, 50,4% das localidades pesquisadas não conseguirão manter os atendimentos aos pacientes em estado grave, aponta a entidade.

Além disso, em 709 municípios há o risco de faltar oxigênio nos hospitais ou nos centros de atendimento. Quase 70% dos gestores locais que participaram da pesquisa afirmaram não ter problemas com a falta de oxigênio esta semana. No entanto, apenas 231 prefeituras confirmaram ter recebido oxigênio do governo estadual, ou seja, mais de 80% dos entrevistados não receberam o produto do Estado.

O governo de Santa Catarina admitiu que pode haver risco de desabastecimento de medicamentos do “kit intubação”, em nota enviada na última terça-feira (23) pela a SES (Secretaria de Estado da Saúde). No texto, informou que os medicamentos Atracúrio, Propofol e Rocurônio correm risco de acabarem nas unidades de saúde.

Medidas adotadas pelas prefeituras

Conforme a pesquisa, dentre as medidas adotadas pelos prefeitos, para evitar aglomerações e a circulação de pessoas, o lockdown já foi decretado em 983 localidades. Já o toque de recolher tem sido aplicado em 2.127 cidades, enquanto restrições da circulação à noite foram adotadas pela maioria dos entrevistados, 2.309 municípios.

Na última semana, 2.323 prefeitos optaram pela redução da frota e da oferta de ônibus do sistema público, enquanto 278 dos municípios anteciparam feriados locais.