O que no ano passado parecia mera possibilidade, enfim, se transformou em real: a vacinação contra a Covid-19 no Brasil engrenou e, a despeito dos percalços, começou a avançar. O país já cobriu mais de 66% de toda a população com a primeira dose e 38,2% com duas doses ou vacina de dose única.
No Maranhão, o índice é ainda maior com 85,74% de cobertura das doses aplicadas. Como resultado, cada vez mais brasileiros flexibilizam o distanciamento – e atividades como ver amigos e familiares para uma cerveja ou jantar ganham terreno.
Apesar dos esforços, o Brasil sofre de outra doença endêmica que aflige mais de 62 milhões de brasileiros. Por ser uma enfermidade, ela afeta a saúde das pessoas assim como impacta em áreas como o trabalho e os relacionamentos pessoais. Estamos falando do endividamento e da inadimplência.
Uma pesquisa realizada de 13 a 15 de setembro pelo Datafolha revelou que dívida ou conta atrasada faz parte da realidade de 45% dos brasileiros. No Maranhão, segundo dados da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), mais de 80% das famílias maranhenses estão endividadas. A maioria dessas pessoas sofre com estresse, ansiedade, baixa autoestima, problemas de desempenho no trabalho e problemas familiares.
Até o momento não foi descoberta a “vacina do endividamento”. A causa: a imunização não vem de uma vacina, pois os anticorpos para prevenir esta infecção não se originam em “microrganismos patogênicos, mortos ou atenuados”, mas em hábitos de consumo sustentável.
‘Imunização’ contra a inadimplência
No entanto, o programa Dívida Zero, que foi lançado pelo Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA), no dia 13 de setembro, surgiu como uma espécie de “antídoto” para aliviar as reações de alguns dos problemas de alguém endividado, causando um efeito semelhante ao de uma vacina.
Idealizado com base na Lei nº 14.181/21 (Lei do Superendividamento), o Dívida Zero é fruto de indicação parlamentar do deputado estadual Duarte Jr. (PSB) e vem sendo realizado em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), da Assembleia Legislativa do Maranhão, e a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE).
Uma pessoa com boa saúde física é aquela que dificilmente fica doente e tem disposição e alegria para realizar suas atividades diárias. Ela costuma se alimentar bem, dormir bem, fazer exercícios e ter momentos bons com os amigos e com a família. Mas sem precisar abrir mão de pequenos prazeres. A saúde financeira é similar, mas com o olhar voltado às finanças e não ao corpo.
Mais do que educação financeira, saúde financeira tem a ver com os hábitos e comportamentos que moldam a relação pessoal que cada um de nós tem com o dinheiro. Esse tipo de saúde pode não ser o mais importante da vida do ser humano, mas é o que dá suporte para que possamos encontrar bem-estar em outros aspectos da vida: físico, mental e social.
Dizemos que uma pessoa tem saúde financeira quando suas finanças estão em equilíbrio e ela se sente calma e segura para seguir sua rotina. Não existe uma fórmula perfeita para ter saúde financeira. Isso vai variar de indivíduo para indivíduo, afinal, cada um sabe dos seus sonhos e necessidades. Existem, contudo, alguns hábitos comuns entre pessoas saudáveis financeiramente.
Porém, neste momento pandêmico, onde muito se fala em vacina para evitar contaminação do coronavirus, o “Dívida Zero” também surge para mudar a realidade de consumidores que terão a oportunidade de sair da inadimplência, renegociar dívidas e, podendo ter acesso à consultoria de educação financeira, para organizar suas finanças.
Além de causar bem-estar, o programa se transforma num grande aliado no combate à ‘pandemia do superendividamento’, pois também contribui para influenciar na qualidade de vida das pessoas.
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