A lenda do Rei Midas, diretamente das arcas da mitologia grega, reza que tudo o que ele tocava virava ouro. No Maranhão, há uma espécie de Rei Midas às avessas. É o ex-governador maranhense, Flávio Dino. Tudo o que ele toca, se destrói.
Vide exemplo do recente estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em dados do IBGE apontando o aumento da pobreza no estado. Quando assumiu em 2015, Flávio Dino encontrou 21 municípios no mapa da desigualdade.
No entanto, deixou o cargo em março deste ano, com o dobro do índice de cidades no ranking de pobreza: atualmente, 40 dos 50 municípios mais pobres do Brasil estão no estado maranhense.
Além de tirar o Maranhão da pobreza e colocar na miséria, o ex-governador também saiu com fama de ‘quebrador’ de empresas. O caso de maior revolta passou a preocupar os milhares de usuários maranhenses que dependem do ferryboat para fazer a travessia do porto de Cujupe à Ponta da Espera, que liga a Ilha de São Luís ao continente.
Os graves problemas no sistema de transportes surgiram logo após o então governador Flávio Dino intervir na Serviporto, empresa que desde 1987 administrava três ferryboats. Depois de impor sérias restrições à empresa por cinco anos consecutivos, o socialista decretou intervenção estatal na prestadora do serviço. A partir de então, o estado assumiu toda a gestão desse transporte, até mesmo com substituição dos funcionários.
Sabe qual foi o resultado? Dos três ferryboats, dois quebraram. O único que estava funcionando operava com um motor apenas. E uma viagem que deveria durar uma hora passou a durar mais de três horas. As filas de espera eram quilométricas, e a falta de segurança, claro, é evidente.
Agora, após sucatear a empresa privada, prestadora do serviço, o governo fez uma licitação e trouxe uma companhia de fora para gerir a travessia. Parece mentira, mas não é! É esse o pesadelo provocado pelo “rei midas às avessas” do estado.
Depois da intervenção no serviço de ferryboat, outro caso de intervenção do Executivo Estadual na iniciativa privada no Maranhão envolve o processo de desapropriação do Hospital HCI, da rede privada, e que havia sido alugado pelo Governo do Estado em 2020 para uso no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
O hospital fica situado na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no trecho conhecido como Roque Santeiro, próximo a outro hospital particular de referência na capital. Foi um médico, um dos 87 sócios do hospital privado, quem denunciou o caso em maio ao senador Roberto Rocha.
Na denúncia, o médico afirma que o Governo do Estado não respeitou cláusulas contratuais, não se responsabilizou por dívidas bancárias existentes e “apunhalou” os 87 sócios do hospital logo após ele ter sido alugado para o Executivo.
“A intervenção autoritária no Hospital HCI em 2020 é mais um retrato da administração catastrófica do ex-governador comunista Flávio Dino, que sempre se posiciona ideologicamente contra o capital privado e a liberdade econômica”, disse Roberto Rocha.
“Passou a ser uma rotina, infelizmente, no estado que tem a população mais vulnerável do país, que é o Maranhão, a iniciativa por parte do Governo fazer como se faz na Venezuela, como se faz em Cuba, se faz na Coréia do Norte. Nós não estamos falando da suspensão de um serviço público, nós estamos falando de uma intervenção numa empresa privada, ou seja, algo absolutamente inacreditável que possa acontecer em nosso país onde tem que reinar a democracia”, concluiu o senador maranhense.
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