Dizem as más línguas que o ano começa somente, após o carnaval. Este 2022 começou no ano passado, eleitoralmente falando. Há tempos partidos e atores políticos se movimentam no Maranhão de olho nas urnas, com poucas definições. Mas o calendário eleitoral começa a impor decisões.

Na última quinta-feira (03), por exemplo, começou a janela partidária, quando deputados federais e estaduais podem mudar de sigla sem o risco de perder os mandatos. Isso vai deixar claro o real tamanho dos partidos e o poder de barganha que vão ter nas negociações.

Por aqui, algumas coisas já estão certas: o vice-governador Carlos Brandão deixa o PSDB e vai para o PSB; o deputado Josimar permanece no controle do PL, Lahesio Bomfim trocou o PSL pelo Agir [antigo PTC] e o senador Roberto Rocha, ao que parece, deve permanecer no PSDB.

A expectativa da direção nacional do PL, que abriga o presidente Jair Bolsonaro, é que o partido se torne o maior do país, em número de deputados federais, superando o União Brasil. A ver.

Outro marco no final de março vai deixar algumas coisas mais evidentes: a renúncia do governador Flávio Dino (PSB) para disputar a única vaga ao Senado. A decisão vai promover Brandão na titularidade do mandato de governador. Além disso, no início de abril, os integrante do governo do estado que queiram disputar a eleição têm que deixar seus postos, provocando mudanças no primeiro escalão.

Quando o assunto é a disputa pelo governo do estado, é preciso avançar um pouco mais no calendário. O evento-chave é se vai vingar a federação entre PT e PSB ou entre outras legendas que já sinalizaram neste sentido. O prazo para formar a aliança é até 31 de maio.

Se os partidos estiverem juntos nacionalmente, vai haver verticalização no estados, ou seja, no Maranhão PT e PSB também vão caminhar lado a lado.

Em tempos de desinformação e pandemia, o blog do Isaías Rocha reforça o compromisso com o jornalismo maranhense, profissional e de qualidade. Nossa página produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.