Edição de O Imparcial desta quinta-feira, 03, compara e escancara a falta de harmonia de Braide com a Câmara

Quem passou pelas bancas, recebeu em casa ou conferiu nas redes sociais a capa de O Imparcial desta quinta-feira (03/02) se deparou com duas fotos que ilustram as relações de poder entre prefeito e vereadores; governador e deputados.

Na primeira imagem, ilustrando a falta de harmonia, o matutino destaca que a “Câmara de São Luís inicia ano legislativo sem quórum de vereadores em protesto à prefeitura”. O segundo registro, por sua vez, evidencia a harmonia, ilustrada por uma imagem com a seguinte manchete: “Othelino diz que manterá paz com os demais poderes na abertura dos trabalhos na Assembleia”.

Deixando explícita a dimensão do fato histórico ocorrido no Palácio Pedro Neiva de Santana, diante do protesto pela ausência do prefeito na solenidade de abertura dos trabalhos legislativo na Câmara, a capa da edição de hoje viralizou ao longo da noite ontem, sendo intensamente compartilhada por políticos, personalidades, artistas, jornalistas e, claro, leitores, que elogiaram a escolha arrojada e criativa do jornal.

O episódio sintetiza tudo que o blog do Isaías Rocha vem abordando desde janeiro de 2021, quando o prefeito Eduardo Braide (Podemos) assumiu a prefeitura de São Luís, em meio a expectativas que se transformaram em frustrações. No entanto, ontem, outros blogs e veículos de comunicação passaram a conhecer e mostrar para sociedade ludovicense, quem é o personagem por trás do gestor que se dizia ‘preparado’.

Conforme destacou a imprensa, Braide que era um dos principais convidados, não compareceu à sessão solene de abertura do ano legislativo, sendo representado pela vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD). A situação motivou um protesto da maioria dos vereadores, que ao tomarem conhecimento da ausência do prefeito no parlamento ludovicense, resolveram não comparecer a solenidade.

No mesmo momento, do outro lado da cidade, a Assembleia Legislativa também retomava suas atividades, mas contava com a presença do governador Flávio Dino (PSB) e do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que mesmo em meio ao “racha e divisão” do grupo, não deixaram de comparecer, demonstrando a importância do parlamento para um governo.

Se no Rangedor tivemos um exemplo de harmonia e respeito, na região do Centro Histórico a situação foi oposta. Avesso ao dialogo, o chefe do Executivo preferiu agir com desprestigio e desrespeito ao Legislativo ludovicense  motivando uma crise sem precedentes com todos os vereadores, inclusive, da base governista. A ausência dos parlamentares na solenidade de ontem deixa claro uma insatisfação generalizada, pois dos 31 eleitos apenas 10 estiveram presentes na cerimônia, sendo que um destes preferiu participar de forma remota.

O protesto, que virou algo inédito nestes 402 anos de parlamento, se resume em três palavras: unidade na diversidade. O que une os edis é a defesa do princípio fundamental da independência e da harmonia entre os Poderes. E a diversidade? Essa demonstrou que não separa! Tanto que ontem mesmo um grupo formado por 18 vereadores estavam conversando todos juntos num café da manhã.

Assim, movidos por um mesmo ideal de ‘respeito e independência’, cada membro do grupo segue com suas posições, divergências, ideologias e religiões, porém, unidos contra o desrespeito do atual prefeito. Além disso, não custa lembrar que só a independência fortalece respeito à democracia. O dialogo entre Legislativo e Executivo deve existir pelo bem da cidade, mas isso se faz com ‘respeito e harmonia’. É preciso que o mandatário do Palácio de La Ravardière entenda isso.

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