SÃO LUÍS, 26 de outubro de 2023 – As queixas no transporte fluvial não são ‘privilégios’ apenas dos maranhenses. Os paraenses também enfrentam as mesmas dificuldades com o uso desta modalidade que pertence ao modal hidroviário, conhecido também como aquaviário, que é caracterizado pelos deslocamentos de pessoas, animais e mercadorias por meio das hidrovias.
Os casos são tão parecidos até mesmo quando envolvem companhias que operam serviços neste modal em ambos os estados. A Rodofluvial Banav é um exemplo desta situação tanto em São Luís quanto na capital paraense.
A Banav é dona do ferry-boat José Humberto, que foi retirado de operação pela Emap, após ficar horas à deriva no mar devido a problemas mecânicos na travessia entre o Cujupe e a Ponta da Espera. Assim como na capital maranhense, as embarcações da empresa também enfrentam panes elétricas em Belém, conforme revelam duas reportagens de O Liberal.
A primeira delas foi publicada, em setembro do ano passado, mostrando o caso de cerca de cem passageiros que saíram do Terminal Hidroviário da capital do Pará, localizado no bairro do Reduto, tentando chegar de navio à ilha do Marajó, mais precisamente ao município de Salvaterra.
Na época, os passageiros alegaram que, na metade da viagem, o navio “Solimões”, da dona do José Humberto, apresentou problemas mecânicos e precisou retornar, pelo menos, duas vezes ao terminal.
Nesta quarta-feira, 24, uma nova denúncia veiculada em O Liberal revelou que a linha fluvial Belém-Mosqueiro, partindo do Terminal Hidroviário de Belém, poderia ser extinta.
De acordo com a reportagem, circulou nas redes sociais a imagem de um cartaz afixado no guichê da Banav, empresa responsável pelo serviço, exibindo mensagens neste sentido. O comunicado, já retirado na manhã de ontem, informava que a linha estaria disponível aos usuários até o dia 30 deste mês.
A linha fluvial operada pela Banav começou a operar em julho deste ano. A embarcação tem capacidade para 208 passageiros, mas não costuma alcançar a lotação, que fica em torno de 40 passageiros. O custo da passagem é de R$ 10,00 de segunda a sexta e R$ 20,00 aos fins de semana, valores superiores à tarifa de R$ 6,40 paga nos ônibus para o distrito de Belém.
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