No primeiro momento, houve quem gritasse, fizesse cara feia ou olhasse atravessado e reclamasse. Mas a aproximação do deputado federal Fábio Macedo (Podemos) e Edivaldo de Holanda Júnior – o EdeH é pragmatismo puro. Mesmo com alguns obstáculos que podem aparecer.

Edivaldo está tendo sua pré-candidatura articulada pelo entorno do ministro da Justiça, Flávio Dino e, por isso, precisa de um partido forte para disputar ano que vem. Fora o PSD, sua antiga legenda, o Podemos é o partido forte mais à direita, localmente, que poderia abrigá-lo. Mesmo que a sigla tenha adotado uma face lulista em Brasília.

Vamos ser sincero, não há purismo na política brasileira, há discursos adaptados às circunstâncias.

E o que EdeH pode dar a Macedo? A preço de hoje e levando em conta seu histórico político em São Luís, um ativo eleitoral bem significativo. O deputado quer um grupo para chamar de seu na capital maranhense, quer construir um novo projeto para 2026, agora, em 2024.

O ex-prefeito é a primeira porta que abre. Fábio Macedo não quer ficar dependendo do mandato e sabe que não terá espaço privilegiado em nenhuma composição política se não tiver com o Podemos fortalecido. Então, o caminho é lógico para um partido que quer candidatura própria na capital.

O problema, entretanto, é que a “ganância” em buscar força e poder para 2026 acabou esbarrando em interesses políticos de outros aliados do governador Carlos Brandão (PSB), como é o caso da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB).

Macedo ousou sonhar além da capital e filiou o prefeito de São José de Ribamar, Dr. Julinho e o ex-prefeito de Barreirinhas, Léo Costa, abrindo grandes arestas com a chefe do Legislativo estadual, que busca ampliar bases eleitorais nestas cidades. Os detalhes destas “pontas” – difíceis de serem de arrancadas – iremos destacar em outro post.

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