SÃO LUÍS, 30 de janeiro de 2024 – A ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Cultura de São Luís (Secult), Aulinda Mesquita Ericeira, que foi exonerada após a repercussão da contratação do ‘Instituto de Educação Juju e Cacaia tu és uma Benção’, se manifestou sobre o contrato de R$ 6,9 milhões com a entidade da Cidade Olímpica, para a realização do Carnaval 2024.

“Eu era chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Cultura e como chefe de gabinete eu só cumpro ordens, né? E acredito que cumpri as ordens muito bem, pelo menos eu sempre prezei para que isso acontecesse”, desabafou.

Em entrevista ao JMTV2, da TV Mirante, a funcionária exonerada deu a entender que secretário Marco Duailibe e o prefeito Eduardo Braide (PSD) tinham conhecimento da contratação do ‘Juju e Cacaia’.

“É possível se afirmar que uma chefe de gabinete e um analista jurídico não podem decidir sobre R$ 1 real quanto mais sobre R$ 6,9 milhões”, declarou ao responsabilizar os ex-superiores.

Além disso, Aulinda também fez mais uma grave revelação sobre o episódio. Ela delatou que, enquanto esteve no cargo até o último domingo pela manhã, continuava sem ter qualquer informação da Controladoria Geral do Município (CGM) recomendando o não pagamento do processo contratado.

No bate-papo, a ex-chefe de gabinete da Secult também revelou que desconhecia qualquer informação sobre pagamento ao instituto. “Realmente não foi pago nenhum centavo”, completou.

Mais irregularidades

Uma denúncia protocolada no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e encaminhada ao Ministério Público (MP) aponta possíveis irregularidades na contratação de atrações para o pré-carnaval de São Luís que vem sendo promovido pela prefeitura.

De acordo com a petição assinada pelo professor Wesley Sousa, pelo menos quatro artistas nacionais, teriam recebido cachês muito acima do que teriam cobrado em outros municípios. É o caso do DJ Pedro Sampaio, que costuma cobrar R$ 100 mil por apresentação, mas recebeu R$ 390 mil para fazer um show no circuito carnavalesco da capital maranhense.

Confira a reportagem:

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