O PT é um partido diferente, que debate tudo. Não é a cúpula que decide, solitária, determinadas ações. Os membros da legenda se reúnem e deliberam a respeito das alianças políticas. Esse exemplo de democracia interna foi expressado mais uma vez no último sábado (22), durante um Encontro Regional da sigla, que aconteceu na escola Nadir de Moraes, no Maiobão, em Paço do Lumiar.
Na oportunidade, o vice-governador Felipe Camarão decidiu, segundo vídeo obtido pelo blog do Isaias Rocha, impor o apoio do partido [e da federação] à pré-candidatura do empreiteiro Fred Campos. O problema, entretanto, é que a sugestão junto a militância do PT acabou sendo rejeitada, após reação imediata da plenária. Houve uma crise.
“Eu não vou votar pra Fred Campos. Eu vou apoiar o candidato da prefeita Paula”, reagiu uma das militantes na plateia em resposta ao vice-governador, que também vem atuando como secretário de Estado da Educação. Sem graça, o petista ainda tentou justificar o apoio alegando que o empreiteiro era ‘amigo pessoal’ dele e do governador Carlos Brandão (PSB).
Em seu discurso, Camarão – que não dormiu na onda da rejeição à Fred – pediu ainda para a militância “não fechar a porta”, mas admitiu que a resistência ao nome do ‘amigo’, que é um ferrenho opositor da prefeita Paula Azevedo (PCdoB) no município, poderia acabar levando a Federação Brasil de Esperança [formada pelo PT, PV e PCdoB] a apoiar outra candidatura dentro do campo progressista.
Ele não! Ele nunca!
O ato realizado em Paço do Lumiar no último sábado (22) reforçou ainda mais a tese que vem sendo levantada pelo blog desde o mês passado. Apesar de ser rico, influente e com bom trânsito com os caciques políticos, Fred Campos sofre com o fantasma da rejeição que vem lhe aterrorizando.
A população da cidade já sabia dessa execração ao nome dele, o governador Carlos Brandão tem ciência dos números nas pesquisas que batem na casa dos 40% nesse indice e o vice-governador Felipe Camarão sentiu de perto esse desgaste ao perceber que não vale à pena insistir com o jabuti.
#EleNão virou uma espécie de manifestação espontânea em repúdio à pré-candidatura do empreiteiro, que se espalhou pelos quatro cantos da cidade. O movimento começou com o eleitorado, formado por mulheres, trabalhadores e cidadãos que rejeitam o forasteiro, mas agora passou a influenciar a própria classe política do lugar, conforme ficou mais do que claro numa recente entrevista do ex-prefeito Gilberto Aroso. Por isso, a insatisfação com Fred impulsiona candidaturas dentro e fora da base governista, mas esse é um assunto para nossa próxima abordagem.
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