Os números projetados em levantamentos da EPO, Econométrica, Completa e Datailha apontam que o alto índice de eleitores sem preferência por candidatos ou partidos podem elevar as expectativas sobre as pesquisas de intenção de votos a pouco mais de um ano das eleições.

Com isso, as chances de uma reviravolta no cenário político são grandes, a exemplo do que ocorreu em eleições recentes com as de 2012 e 2016, em São Luís.

Fatores como candidaturas não confirmadas e o desconhecimento da população sobre as propostas dos políticos ajudam a explicar os votos brancos e nulos, as abstenções e os eleitores indecisos, cuja soma supera os 77%, no cenário espontâneo do levantamento do Datailha que foi divulgado ontem.

O objetivo de uma pesquisa eleitoral não é antecipar resultados ou adivinhar quem vai se eleger, mas sim mostrar o cenário naquele momento e organizar a história da eleição. Por isso, acredito que o quadro atual que vem sendo registrado pelos institutos pode ser bem diferente daquele que será projetado no primeiro turno, em outubro do próximo ano.

Mudanças de preferência dos eleitores são comuns. Em 2012, o então prefeito João Castelo chegou a liderar pesquisas de intenção de voto quando a campanha das eleições daquele pleito estava no início. No entanto, ao final daquele pleito, perdeu a disputa para o então deputado federal Edivaldo de Holanda Júnior – o EdeH.

O mesmo aconteceu com a senadora Eliziane Gama na disputa de 2016. Ela liderou as pesquisas até o início do horário eleitoral e terminou o pleito vencido pelo prefeito Edivaldo, em quatro lugar. O atual prefeito Eduardo Braide acabou em segundo lugar e pavimentou o caminho de sua vitória quatro anos depois.

No geral, os desafios dos institutos neste ano são maiores. As trocas de posições dos candidatos nas pesquisas devem acontecer de forma rápida, especialmente a partir do próximo ano, com o período das convenções e do horário eleitoral. Tais oscilações devem se intensificar pela quantidade de informações entregues ao eleitor, que recebe fatos verídicos, mas também fake news.

Nesse sentido, as técnicas adotadas pelas empresas de pesquisa são determinantes para uma fotografia próxima à realidade. Por conta do volume de levantamentos, existe uma grande possibilidade da proliferação de entrevistas por telefone, que são mais baratas.

Para a Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa), no entanto, entrevistas que não sejam face a face não são recomendadas, pois “nem sempre retratam com fidelidade a percepção real da maioria dos eleitores”, com amostras não necessariamente balanceadas.

Independentemente do método que será utilizado pelos institutos, uma coisa é certa: alto índice de eleitores sem candidato podem elevar a chance de reviravoltas na corrida eleitoral da capital maranhense que promete ser uma das mais acirradas da história.

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