A deputada Mical Damasceno (PTB), que já contraiu o novo coronavírus em agosto do ano passado, afirmou que não vai tomar vacina contra a doença, mas que essa era uma decisão que respondia por ela e não pelos outros.
A declaração foi feita na noite desta quarta-feira (7/7), quando a parlamentar participava de uma entrevista, por telefone, na rádio Nova FM (93.1 Mhz), emissora localizada na região central de São Luís.
Alinhada ao projeto do presidente Bolsonaro no Maranhão, Mical participou da atração radiofônica para responder a questionamentos feitos pela bancada sobre o tema que foi levado à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, na sessão de hoje, pelo deputado Yglésio Moyses (Pros), conforme discurso em anexo.
Entrevistada no programa Questão de Ordem, a deputada estadual confirmou a polêmica e declarou que não estava preparada psicologicamente para tomar o imunizante.
‘Não estou preparada psicologicamente para tomar vacina. [É uma] questão minha que não estou querendo me vacinar. Seu estou incentivando que bom! Mas eu respondo por mim e não respondo pelos outros’, revelou a parlamentar.
Preconceito religioso
Mais cedo, Yglésio realizou um pronunciamento para fazer um apelo pela vacinação, criticou qualquer tipo de preconceito religioso aos imunizantes e demonstrou sua preocupação com possíveis aumento de níveis da doença no segundo semestre.
“Precisamos avançar aqui e quando eu digo avançar, avançar com informação, volto a dizer: propaganda institucional focada na segunda dose, importantíssimo, essa questão da dose premiada, senão nós vamos no segundo semestre, a partir do final do ano, novamente, ter aumento de níveis da doença. E assim, volto a fazer um apelo: líderes, principalmente líderes de Igrejas aqui, pastores evangélicos, não subam à tribuna com qualquer tipo de preconceito religioso, sei que a questão é muito sensível”, disse.
Momento para estimular
Yglésio Moyses que é médico, também lamentou a posição da deputada Mical com o fato de ainda não ter sido vacinada e declarou que o momento era de contribuir para estimular as pessoas a se vacinarem.
“Lamentavelmente, a deputada Mical não está aqui, mas soube aqui que a deputada Mical nem se vacinou ainda, é uma questão que a gente respeita, mas a gente acha que, por exemplo, uma deputada deve se vacinar, é um exemplo para a sua comunidade, por quê? Estimula outras pessoas a se vacinarem”, informou.
Para o parlamentar, não é o momento de pensarmos em como a vacina vai repercutir, dentro de uma comunidade, do ponto de vista de opinião, pois, segundo ele, o momento é de estimular as pessoas a se vacinarem.
“Nós temos que pensar é qual o benefício para a saúde pública e nós temos que estimular em todos os ambientes sejam eles laicos, sejam eles de igrejas e todos os credos, matizes religiosas, tudo, nós temos que estimular as pessoas a se vacinarem”, salientou.
Eficácia das vacinas
O líder do PROS na Assembleia concluiu o trecho do pronunciamento falando que a eficácia das vacinas se prova na redução das mortes de pessoas acima de 65 anos de idade.
“A crença de que a vacina não funciona é falsa, hoje saiu um estudo na Inglaterra mostrando para as variantes da Inglaterra, a vacina da AstraZeneca reduziu 94% as mortes acima de 65 anos de idade. Se reduziu 94% das mortes, acima de 65 anos de idade, é uma grande coisa, por quê? Porque mais de 70% dos óbitos estão nessa faixa etária”, concluiu.
Apelo em discurso
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