Uma ação de combate às drogas foi realizada nesta terça-feira (21), em frente a Biblioteca Pública Benedito Leite, situada na Praça Deodoro, na área central de São Luís.

O evento que deu assistência as pessoas em situação de risco e com dependência química oportunizou atendimentos e encaminhamentos para tratamentos. A ação é uma promoção da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão (SSP-MA) como parte da programação da “Semana Nacional de Políticas sobre Drogas”.

O ato contou com a participação de uma equipe multidisciplinar, preparada para ouvir os usuários, atendê-los e encaminhá-los para o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), na capital.

Para o morador de rua, Josemilson da Silva, 37, a ação realizada pelo Estado possibilitará uma esperança para largar o vício. Ele acrescenta que já tentou abandonar as drogas, mas ainda não conseguiu.

“Às vezes digo que vou largar. Aí, passa uma semana, duas semanas e é só pegar em dinheiro que parece que aquele veneno vem no sangue. Eu digo que vou largar, não vou mais usar. Aí pegou um dinheirinho, lá vem o vício maldito”, revelou Josemilson.

Segundo dados do CAPS, o craque, atualmente, corresponde a 85% dos casos de dependência química tratados na rede estadual de saúde.

O diretor do CAPS AD, Marcelo Soares, explicou que após o usuário ser encaminhado para tratamento ele é recebido nas ‘Fazendas Esperança’, lugar onde terá todo o atendimento necessário para sua desintoxicação, além de tratamento espiritual e laboral. Ele acrescenta também que o apoio dos familiares é importante para a recuperação do dependente químico.

“Nós estamos com três unidades da Fazenda Esperança que recebe estes usuários, principalmente, aqueles que têm problemas sociais e ou familiares. Podem ir ao CAPS AD, passar 12 meses nas fazendas com tratamento espiritual e laboral. Nós temos, agora, nossa unidade de acolhimento na Cohab, que funciona há dois anos e em pleno vapor tem 15 leitos para integração integral. Nós temos as enfermarias de curta duração no Hospital Nina Rodrigues, que também dão uma condição para a gente fazer a desintoxicação. Então, nós temos fatores que ajudam, que o Estado proporcionou para tratamento, mas o principal, realmente, é que a gente possa ter a credibilidade das famílias em dar apoio a esses usuários”, finalizou o diretor.