O prefeito de Turiaçu, Edésio Cavalcanti (Republicanos) criou cinco “monstros políticos” ao perseguir o grupo do presidente da Câmara, vereador Axinho Jussara (PL), após o resultado da eleição da Mesa Diretora da Casa Legislativa, no final do ano passado. E, de lá para cá, a ala adversária do prefeito na Câmara deu algumas “surras” que compromete a própria reeleição do mandatário turiense, em 2024.
Axinho e Edésio eram aliados no primeiro biênio de gestão, mas as coisas mudaram na eleição para presidência do Legislativo, transformando-os em rivais no segundo biênio. Em dezembro de 2022, uma articulação de um grupo formado por sete parlamentares da base aliada do prefeito, levou a formação de uma chapa encabeçada por Axinho, que integrava o campo governista.
Ele, entretanto, não era o nome de Edésio, mas acabou sendo eleito presidente da Câmara por um placar de 10 a 3, mesmo contra a vontade do prefeito. A força política do grupo assustou o mandatário de Turiaçu. Na avaliação de alguns analistas, esse foi o início da derrocada política de Edésio.
Tentando “matar” politicamente o novo grupo rival que surgia no Plenário Vereadora “Olga Damous”, o chefe do Executivo decidiu reduzir o repasse da verba do duodécimo para a Câmara Municipal, que vem sendo feito em valores abaixo do que determina a legislação, desde janeiro deste ano.
A reviravolta se deu quando o presidente do Legislativo, ingressou com um AI – Agravo de Instrumento, por meio do advogado Thiago Castro, pedindo à Prefeitura que cumpra a lei para reajustar o repasse de manutenção do parlamento no limite estabelecido na Constituição. Não deu outra: vitória no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA) e no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
Sem estatura para ser grande
Agora, de lapso em lapso, o prefeito turiense se exibe em flertes com derrotas vexatórias motivadas, sobretudo, pela postura autoritária e coronelista, que já não são mais condizentes com os dias atuais.
Além de criar os cinco “monstros”, a atitude desnecessária de Edésio lembra o filme Ratatouille, uma obra prima da animação, muito graciosa que faz uma volta absurda para falar uma coisa bem simples, mas que nunca deveríamos esquecer: “grandes homens e grandes mulheres podem vir de qualquer lugar da sociedade, mas isto não significa que qualquer um esteja talhado ou tenha estatura para ser grande”.
Ignorando princípios básicos
Edésio é a prova de que qualquer um até pode ser prefeito, mas não se pode agir no cargo de chefe do Executivo como qualquer um agiria na vida privada. Na administração pública se deve seguir os cinco princípios básicos descritos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, que determinam o padrão que essas organizações devem seguir. São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Ou seja, exatamente tudo que o prefeito turiense ignora desde que assumiu o cargo em janeiro de 2021. Até o próximo ano ele pode pagar um preço muito alto, inclusive, nas próprias urnas que poderá ser sua próxima derrota. Sua ‘não’ reeleição, entretanto, não seria o único revés. Ele ainda deverá enfrentar outras batalhas judiciais por não cumprir justamente os princípios básicos da função que ocupa atualmente.
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