Vice-governador de Flávio Dino precisa analisar os caminhos traçados por dois de seus antecessores no cargo para tomar uma posição sobre seu futuro politico
Precedendo o cristianismo, algumas condições humanas acabaram por ser batizadas de pecados capitais. Esses chamados vícios foram muito usados pelo catolicismo com o intuito de educar os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano e assim se aproximar de Deus. Dentre os sete pecados capitais, existe um, associado à arrogância, soberba, orgulho, presunção e futilidade, que consiste em ser superior a todos: a vaidade. Ela foi a grande responsável em fazer com que Lúcifer se sentisse mais alto que o próprio Deus.
Quando o assunto em foco é a sucessão estadual, as informações acima servem para explicitar, com enorme clareza, o sentimento que vem tomando conta do vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão (Republicano). Aliás, no tema em debate, Brandão não tem sido apenas vaidoso, mas, também, para não chamar de burro, ele tem sido dominado pela pouca capacidade de raciocinar, pois somente um ser humano domado pela vaidade e burrice pode optar por um projeto de poder, incerto e com duração apenas de 4 anos e 8 meses ao invés de um que somará 13 anos sentado em uma cadeira lhe rendendo uma vida nababesca, como uma vaga no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), levando em consideração sua idade de 62 anos.
Na realidade, Brandão vem adotando comportamento semelhante ao bacabalense Jurandir Ferro do Lago Filho, conhecido como Jura Filho, que quando chegou a mesma posição hoje ocupada pelo vice de Flávio Dino adotou o mesmo comportamento e recusou a vaga no TCE. Tempo passou, Jura não ganhou e hoje encontra-se no ostracismo enfrentando, inclusive, uma complicada situação financeira.
Jura Filho ingressou na política em 1982 quando candidatou-se ao cargo de deputado estadual na legenda do PDS, e foi eleito, aos 20 anos. Foi eleito deputado estadual em 1990, 1994, 1998 e 2006. Já nas eleições de 2002, foi eleito vice-governador do Maranhão na chapa encabeçada por José Reinaldo Tavares. Foi eleito deputado estadual em 2006, mas não foi reeleito em 2010, sumindo do cenário político.
Na contramão da escolha de Jura Filho, temos o ex-governador do Maranhão e dirigente do PT, Washington Luís. Diferentemente de Jura Filho e Carlos Brandão, mesmo com pouca densidade eleitoral, Washington Luís não titubeou quando recebeu o convite para ocupar uma posição no TCE, onde permanece até hoje.
Segundo o teólogo São Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grande que deveria ser tratado em separado dos demais pecados capitais, merecendo atenção especial. Foi, inclusive, chamada de a “Rainha de todos os pecados capitais”, porque Soberba tem haver com o próprio ego e todos os pecados capitais, antes de serem vivenciados, pensam somente em si e no prazer que podem adquirir.
A Igreja Católica, tirou a Soberba e unificou a vanglória, auto glorificação, ao orgulho e em consequência á vaidade. Que, além da questão estética, tem haver com o narcisismo, a auto afirmação, a arrogância e o orgulho. Sua virtude oposta é a humildade. Esperamos que Carlos Brandão aprofunde seu conhecimento um pouco mais nessa análise tendo como base os caminhos traçados por dois de seus antecessores no cargo, para não se arrepender, posteriormente, pois daí como dizem os antigos: “Inês é morta”.