Em pronunciamento na tribuna Câmara de São Luís na manhã de ontem, o vereador Astro de Ogum (PL), fez uma série de esclarecimentos a respeito do episódio registrado na residência, durante uma operação da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), em sua residência no Olho d’Água, que culminou com a prisão de dois de seus assessores, por acusação do crime de estupro mediante fraude.
O parlamentar explicou que não tinha nenhum envolvimento com a ação policial, mas acabou sendo preso em flagrante, por posse de arma, em função de um revólver calibre 32 que foi apreendido em seu imóvel, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na Operação Constelação, na última quinta-feira (19).
Mesmo sem citar nomes, Astro de Ogum abriu seu discurso destacando que o que mais pesou em todo o processo midiático foi à declaração do delegado Armando Pacheco, superintendente da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), afirmando que o mesmo estava sendo acusado de crimes de pedofilia.
“Pesou-me muito, quando determinado delegado chamou o nome de pedófilo, foi angustiante, para qualquer pessoa que exerça a vida pública, e nem que não fosse da vida pública. Naquele momento, foi o que mais pesou, a entrevista daquele senhor, mas, posteriormente, usaram a imprensa para falar que não era mais investigado por pedofilia, mas, sim, por um crime tecnológico, um fake criado pelos meus assessores, porém, que nada tenho haver. Às vezes nem mesmo os pais sabem o que os filhos fazem, como posso saber e ser responsabilizado pelas atitudes dos meus assessores?”, indagou.
Em trecho do pronunciamento, o decano do legislativo ludovicense fez um rápido retrospecto de sua infância, enfatizando que mesmo com toda pobreza e dificuldade, era mais feliz e não sabia, porque só lutava para matar a fome da mãe e dos irmãos menores, ladrilhando como vendedor ambulante pelas ruas da cidade.
“Quando era pobre, mesmo sem ter o que comer, eu era mais feliz. Passados os acontecimentos, fazendo hoje uma análise mais fria, observo que meu único pecado, como forma de retribuir o presente que Deus me deu, trazendo-me aonde cheguei, vindo de onde eu vim, foi me dedicar e ajudar ao meu próximo”, enfatizou.
Por fim, o parlamentar voltou a fazer um relato da acusação, ratificou não saber do suposto delito cometido pelos assessores, negou qualquer envolvimento no crime e pediu que não quer que um assessor seu lhe defenda, mas que fale apenas a verdade.
“No mundo tecnológico eu tenho as minhas limitações, não me adequei ainda ao sistema tecnológico. Acredito que 90% já se atualizou, e se tem 20 ou 15% no mundo arcaico, acho que estou dentro desse número, porque ainda não me adaptei. Na tecnologia eu não tenho nada haver com essa história. Inclusive já pedir para os meus assessores que não me defendam de nada, falem a verdade, não quero defesa de assessor em hipótese alguma, somente que a verdade seja dita”, completou.
Ele evidenciou ainda que não irá baixar a cabeça, e que não quer ser olhado e voltou a dizer que não estava ali para ser tratado como vítima e nem que ninguém o olhasse dessa forma e concluiu dizendo que irá provar na Justiça a sua inocência.
“Aos meus opositores que comemoram em suas redes sociais, como alguns secretários de Governo, quero evidenciar que quem vê a barba do seu vizinho arder que bote a sua de molha. Eu não telho falcatruas. Sou perseguido pela minha história de vida e como trato o meu próximo. Não estou aqui na condição de vítima, e nem quero ser olhado por ninguém desta forma, digo, como vítima, apenas fico entristecido, restando-me, apenas lutar para provar minha inocência”, finalizou.