Edésio “juntou a fome com a vontade de comer” e acabou desmoralizando o judiciário maranhense

Um áudio que circula nas redes sociais atribuindo ao prefeito de Turiaçu, Edésio Cavalcanti (Republicanos), declarações sobre supostas influências para suspender os efeitos de uma decisão judicial que determinava o restabelecimento do repasse de manutenção da Câmara Municipal de Turiaçu, é um acinte ao judiciário maranhense.

Na gravação, disponível no final da matéria, Edésio convoca aliados e apoiadores políticos para uma carreata visando comemorar a sentença ilegal do desembargador Ricardo Duailibe que acabou criando um ‘monstro jurídico’.

“Meus irmãos, hoje, 1h00 da tarde, eu quero convidar para [concentração] o Canarinho com seus carros, com suas motos, para nós saímos de lá tocando foguete e agradecendo a Deus, que é o Pai de tudo, que é o Dono de Tudo… Mais uma vitória do governo, meu povo. Vitória de luta, de sacrifício, de empenho, de responsabilidade e, acima de tudo, de influência, de amizade”, revelou o gestor na gravação.

O episódio ocorreu na última sexta-feira, após o magistrado deferir o pedido de contracautela com base em suspensão de liminar ignorando, inclusive, despacho do seu colega Cleones Cunha. É provável que o desembargador tenha sido induzido a erro pela defesa do chefe do Executivo turiense. (Para entender, clique aqui)

Diante da manifestação do prefeito, dizendo que conseguiu a liminar na base da amizade e influência, se faz necessário um importante questionamento: o presidente do Tribunal de Justiça (TJ-MA), desembargador Paulo Velten, que é pretenso candidato a ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), vai deixar tamanho escândalo ir adiante e prevalecer, mesmo numa situação de pleno direto da Câmara de Turiaçu?

O caso precisa de uma resposta urgente, pois a gravação evidencia a desmoralização aos eminentes desembargadores. Apesar de circular em grupos de WhatsApp desde o final de semana, até agora o comando do judiciário maranhense não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

Ouça o áudio em que Edésio admite que usou ‘amizade e influência’ para obter liminar:

 

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